Segundo FAO, volatilidade do preço dos alimentos está menor
Agência cita recuperação do mercado global de cereais, causada pela boa colheita de milho nos Estados Unidos; por outro lado, Índice de Preço dos Alimentos subiu 1,3% em outubro.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A recuperação do estoque global de cereais está equilibrando os mercados de commodities alimentares e diminuindo a volatilidade do preço dos alimentos, segundo a agência da ONU para o setor.
Esta quinta-feira, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, anunciou que o aumento da produção de cereais este ano é resultado da recuperação das colheitas de milho nos Estados Unidos.
Importação
Os estoques de cereais até 2014 devem aumentar 13% e chegar a 564 milhões de toneladas. A FAO prevê aumento também dos estoques de trigo (7%) e do arroz (3%).
Mas o ano de 2013 deve encerrar com queda de 3% na fatura de importação de alimentos, para US$ 1,15 trilhão. A agência da ONU explica que os custos de importação de cereais, açúcar e óleos vegetais caíram, mas os valores de importação de leite, carne e peixe continuam firmes.
Açúcar
A FAO também divulgou o Índice de Preço dos Alimentos no mês de outubro, que subiu 1,3% em relação a setembro. Mas na comparação com outubro do ano passado, houve queda de 5,3% no preço dos alimentos.
O leve aumento no mês passado ocorreu pelo maior preço do açúcar, apesar do preço de outros produtos básicos também ter aumentado. A FAO já tem a previsão do balanço 2013 da produção de vários alimentos.
A colheita de mandioca, por exemplo, deverá alcançar 265 milhões de toneladas, impulsionada pela procura na África. Já o açúcar deverá ter aumento somente no Brasil, maior produtor e exportador do produto.
Carne
Segundo a FAO, as condições climáticas desfavoráveis prejudicaram as colheitas de açúcar e o consumo mundial deve subir 2% em 2013/14.
Em relação à carne, a agência da ONU não acredita na diminuição dos preços, que estão em “níveis historicamente altos desde 2011”. A produção mundial de carne deve aumentar 1,4% este ano.
Ásia, América Latina e Caribe vão empurrar o aumento de 1,9% na produção de leite e os preços dos laticínios continuam altos.