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Aumenta aleitamento materno à nascença em Moçambique, dizem autoridades

Aumenta aleitamento materno à nascença em Moçambique, dizem autoridades

Balanço da campanha patrocinada por agências das Nações Unidas aponta para uma mudança de comportamento “muito significativa” das mães do país.

Manuel Matola, da Rádio ONU em Maputo

O número de mulheres moçambicanas que amamentam à nascença tem vindo a aumentar, refere o Ministério da Saúde do país.

As autoridades sanitárias fizeram um balanço positivo da campanha do aleitamento materno exclusivo apoiada pelo Fundo da ONU para a Infância e pela Organização Mundial da Saúde.

Mudança Expressiva

Em declarações à Rádio ONU, de Maputo, a chefe do Departamento de Nutrição do Ministério da Saúde de Moçambique, Edna Passolo, disse que a aposta no aleitamento materno está a promover uma mudança expressiva.

 “Fazemos uma avaliação positiva, porque se compararmos os dados do inquérito demográfico de saúde entre 2008 e 2011 o resultado preliminar mostra um aumento de 30 para 37% do aleitamento materno exclusivo. Claro que ainda não estamos dentro daquilo que é o aceitável, queremos que 100% das mulheres façam aleitamento materno exclusivo. Mas este aumento de 7 pontos percentuais em menos de 4 anos mostra uma mudança de comportamento muito significativo”.

Impacto

A campanha amamentação foi lançada no Dia Mundial do Aleitamento Materno, 01 de Agosto. Ao avaliar a iniciativa, a representante falou de ações contínuas com vista a melhorar o impacto da resposta das mães.

“Há muita atividade de promoção que é feita. Portanto, todos os anos existem capacitações que são feitas para trabalhadores de Saúde. As maternidades adotam comportamentos que favorecem, que ensinam a mãe a iniciar logo que a criança nasce a amamentação".

Dados das agências da ONU referem que a opção pelo aleitamento materno exclusivo, nos primeiros seis meses de vida, pode evitar que 15 mil crianças moçambicanas morram antes dos cinco anos.