Unesco revela desafios educacionais em três países de língua portuguesa
Agência da ONU indica que Angola, Guiné-Bissau e Moçambique podem não cumprir as Metas de Desenvolvimento do Milénio relativas à educação.
[caption id="attachment_199511" align="alignleft" width="350" caption="Foto: World Bank"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura, Unesco, revelou uma lista de países que pode não cumprir as Metas do Milénio estabelecidas na educação.
Angola, Guiné-Bissau e Moçambique constam na relação publicada, em Dacar, por ocasião da Semana Global de Ação celebrada em todo mundo na última semana deste mês.
Angola
Em Angola, apenas 35% dos ingressos conclui a educação primária. A cifra representa cerca de metade da média africana.
A paridade de género é vista como prioritária no país, onde se verifica uma retenção no ensino de pouco mais de 25% das mulheres. Apenas 139 dos 100 mil estudantes conseguem entrar no ensino universitário em Angola.
Recrutamento de Professores
Em Moçambique, a Unesco recomenda maior investimento no recrutamento de professores para melhorar a qualidade da educação. O rácio de 59 alunos por professor está muito além da média africana situada em 49 .
Dos oito em cada dez moçambicanos que atingem a escolaridade mínima prevista, apenas 45 % atinge os níveis mínimos em matemática, uma área que carece de mais esforços.
Já o sistema de educação a Guiné-Bissau destinge-se pelo que a Unesco considera “salários excessivamente baixos dos professores”. Cerca de 14 em cada 100 alunos repete o nível, no país com cerca de 52 alunos por professor.