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Professor não pode ser visto como vítima, diz diretora do Banco Mundial

Atuação na área de educação em 72 países. Foto: Banco Mundial

Professor não pode ser visto como vítima, diz diretora do Banco Mundial

Para Claudia Costin, profissionais precisam de melhores salários e de respeito social pelas práticas didáticas; Costin ocupa o maior cargo de educação global do órgão com sede em Washington.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A diretora-sénior do Banco Mundial para Educação Global diz que chegou a hora de se repensar a questão do salário de professores em todo o mundo. Claudia Costin, os professores não devem ser tratados como vítimas. Segundo a responsável, é preciso haver mais respeito da sociedade pela função do mestre.

A brasileira Claudia Costin, que já foi secretária municipal de Educação, no Rio de Janeiro, falou à Rádio ONU de Washington. Desde que assumiu o novo posto no Banco Mundial, disse que tem investido na nova estratégia da entidade para renovar sistemas de ensino, principalmente nos países em desenvolvimento.

Dignidade

“É muito importante revisitar a questão dos salários dos professores. Certamente não vai ser da noite para o dia, mas é importante valorizar socialmente o professor. A sociedade considerar que o professor não pode ser tratado como uma vítima. E nem ele deve se ver como uma vítima. Ele tem que se tratado como um profissional com dignidade. Isso não quer dizer não só um salário contente, como quer dizer também respeito social pelas suas práticas.”

Claudia Costin explicou que em alguns casos, em países africanos, houve a contratação em massa de professores, o que acabou por colocar pressão sobre o orçamento de vários governos.

O Banco Mundial atua na área de educação em 72 países com um portifólio de US$ 9,5 bilhões. A diretora mencionou ainda um dos programas de Moçambique que focam na educação na primeira infância.

*Apresentação: Eleutério Guevane.