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ONU demanda restauração imediata da ordem constitucional na Guiné-Bissau BR

ONU demanda restauração imediata da ordem constitucional na Guiné-Bissau

Em reunião neste sábado, o Conselho de Segurança pede o retorno do governo legítimo do país ao poder e condena fortemente o golpe militar.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, neste sábado, uma declaração que realça a sua “forte condenação” ao golpe militar na Guiné-Bissau.

A declaração dos 15 países membros do órgão pede ainda a restauração imediata da ordem constitucional do país africano de língua portuguesa. O pronunciamento foi feito pela embaixadora norte-americana, Susan Rice, que assume a presidência rotativa do órgão neste mês.

Medida

Após a aprovação do documento, o embaixador da Guiné-Bissau concedeu entrevista à Rádio ONU em Nova York. João Soares da Gama comentou as possíveis repercussões da medida.

“Deixa-se uma porta aberta para o envio de uma missão militar, uma força de estabilização. Porque é que não se aprovou isso? Acredito que esta matéria seria, nesta altura da competência da Cedeao (bloco regional), porque nos termos da Carta das Nações Unidas compete, em primeiro lugar, às organizações regionais a questão da manutenção da paz e da segurança internacional, particularmente a questão da solução dos conflitos.”

Sanções

O Conselho de Segurança rejeita a criação do Conselho Nacional de Transição, pela liderança militar da Guiné-Bissau e afirma estar pronto a adotar sanções contra os autores do golpe, caso a crise não seja resolvida.

O órgão exige ainda a libertação imediata e incondicional do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que é candidato ao segundo turno das eleições presidenciais, e do presidente interino, Raimundo Pereira. Ambos foram detidos quando a junta militar tomou o poder, na semana passada.

*Apresentação: Leda Letra.