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Comissão Europeia pede retorno ao Estado de direito na Guiné-Bissau

Comissão Europeia pede retorno ao Estado de direito na Guiné-Bissau

Em Bruxelas, Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, defende estabilidade e a democracia para a prosperidade e o bem-estar do povo guineense.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse que o bloco está ao lado dos líderes democraticamente eleitos na Guiné-Bissau.

Falando, esta segunda-feira, em Bruxelas, Barroso afirmou ainda que a União Europeia não tolerará golpes contrários à Constituição guineense e ao Estado de direito.

Democracia

A posição foi dada numa entrevista ao lado do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em Bruxelas, durante o encontro da Cimeira “Energia Sustentável para Todos”.

O presidente do braço executivo da União Europeia condenou o golpe militar na Guiné-Bissau, ocorrido na semana passada, referindo que a democracia é essencial para os guineenses.

Estabilidade

“O povo guineense já sofreu demasiado e não merece que alguns continuem a comprometer a sua instabilidade, o seu desenvolvimento e a consolidação da sua democracia. A União Europeia está ao lado dos líderes, democraticamente eleitos, e não tolerará golpes contrários à Constituição guineense e ao Estado de direito. A estabilidade e a democracia são essenciais para a prosperidade e o bem-estar do povo da Guiné-Bissau”.

No fim de semana, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, realizou uma reunião de emergência para discutir a situação política na Guiné-Bissau.

Disputa

Segundo agências de notícias, a junta militar que tomou o poder à força teria prendido o primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, primeiro colocado para o segunda volta das eleições presidenciais, marcado para o fim deste mês.

Carlos Gomes Júnior disputa o pleito com o ex-vice-presidente Kumba Yalá.

Ainda na sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU emitiu um comunicado a condenar o golpe e a pedir a libertação imediata dos líderes guineenses presos pelos militares.

*Apresentação: Eleutério Guevane.