Brasil diz que fará todo o possível para levar “mensagem consensual” à Síria
Embaixadora do país nas Nações Unidas comentou tentativa de nova resolução do Conselho de Segurança sobre situação de violência no país árabe; mais de 5 mil pessoas morreram desde meados de março.
[caption id="attachment_209499" align="alignleft" width="350" caption="Maria Luiza Ribeiro Viotti"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Brasil informou que deve passar os seus últimos dias no Conselho de Segurança ajudando a produzir o que chamou de uma “mensagem forte e consensual” sobre a violência na Síria.
Segundo as Nações Unidas, mais de 5 mil pessoas foram mortas nos confrontos entre manifestantes anti-governo e forças de segurança do país. Os protestos já duram 10 meses.
Tentativa de Resolução
Nesta entrevista à Rádio ONU, concedida em 20 de dezembro, sobre um balanço dos dois anos do mandato brasileiro no Conselho de Segurança, a embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti mencionou as gestões do país, em agosto, quando foi redigido o primeiro esboço de uma resolução sobre a Síria.
“O Brasil procurou adotar um enfoque de aproximar posições que estavam muito polarizadas naquele momento. Infelizmente, não foi possível que o Conselho se manifestasse de uma forma consensual (no mês seguinte). Mas acaba de ser apresentada uma nova resolução sobre a Síria. O Brasil fará todo o possível para que seja enviada uma mensagem forte, consensual, por parte do Conselho, nesse momento em que a situação na Síria continua a preocupar a todos nós”, afirmou.
Observadores
Segundo agências de notícias, pelo menos 40 pessoas morreram na Síria desde a quinta-feira, quando uma delegação de observadores da Liga Árabe chegou ao país para uma visita.
A Rússia, que está ocupando a presidência rotativa do Conselho de Segurança, informou que o assunto continuaria sendo discutido esta semana.
O mandato brasileiro no Conselho expira neste 31 de dezembro.