FMI pondera financiar alívio da crise no Corno de África
Medida integra esforços para aliviar os efeitos da seca no Corno de África; encontro de líderes africanos debate ajuda do continente, nesta quinta-feira, em Addis Abeba.
[caption id="attachment_203321" align="alignleft" width="300" caption="Solução demanda ação coordenada"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.
O Fundo Monetário Internacional, FMI, anunciou a discussão de um aumento dos financiamentos ao Djibuti e ao Quénia como parte da resposta internacional para aliviar os efeitos da seca no Corno de África.
As declarações foram feitas, esta quarta-feira, nas vésperas da Conferência da União Africana para debater a ajuda do continente à crise do Corno de África, a decorrer na capital etíope, Addis Abeba. A ONU estima que mais de 12 milhões de pessoas estejam afectadas pela insegurança alimentar.
Desastres
A directora do Departamento Africano do FMI, Antoinette Sayeh, disse haver espaço para um aumento da eficácia da instituição no atendimento a desastres.
A propósito do encontro de líderes africanos, nesta quinta-feira, na capital etíope, o observador permanente da União Africana junto das Nações Unidas, Tete António, disse à Rádio ONU, em Nova Iorque, que a solução para a região depende de uma intervenção coordenada de vários sectores.
Camadas Sociais
“Quando se fala de África temos que falar de todas as camadas sociais, Estados, ONGs e outras entidades que possam contribuir. Isto já está sendo feito, e alguns países tomaram iniciativas. O próprio presidente da Comissão da União Africana deslocou-se a Mogadíscio para, in loco, constatar a situação militar e também visitou os campos de deslocados para ter uma ideia mais concreta antes da reunião de Addis Abeba”, explicou.
Entretanto, num comunicado separado, a directora do FMI, Christine Lagarde, saudou a promessa de apoios da comunidade internacional. Ela elogiou a abordagem dupla, que visa proporcionar o auxílio imediato e a garantia da segurança alimentar a longo prazo para a crise que afecta a Somália, Djibuti, Quénia e Etiópia.