Líderes africanos discutem soluções para a crise no Corno de África
ONU participa no encontro que, esta quinta-feira, discute ajuda aos 12 milhões de afectados pela seca e pela fome na região; FMI anuncia possível aumento de financiamentos ao Djibuti e ao Quénia.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU, em Nova Iorque.
Líderes africanos reúnem-se, esta quinta-feira, em Addis Abeba, numa conferência sobre a crise no Corno de África promovida pela União Africana.
A vice-secretária-geral das Nações Unidas, Asha-Rose Migiro, participa no encontro, com o objectivo de discutir a ajuda aos 12 milhões de afectados pela seca e pela fome na região.
Acções
Entrevistado pela Rádio ONU, em Nova Iorque, o observador permanente da União Africana junto das Nações Unidas, Tete António, falou das acções em curso, a nível continental, para abordar a crise.
“A ideia é mesmo mobilizar também a solidariedade africana. Creio que já há muitos movimentos no continente, de países que, individualmente, estão a ajudar o Corno de África. A Comissária para Agricultura e Desenvolvimento Rural da UA tem mantido encontros para tratar da produção agrícola e segurança alimentar no Corno de África e este esforço é muito porque é preciso atacar o mal pelas raízes”, disse.
Ferramentas e Acções
Nas vésperas do encontro, o Fundo Internacional de Desenvolvimento da Agricultura, Fida, apela o continente a não esperar pela comunidade internacional para resolver os seus problemas.
Em comunicado a agência defende que a fome pode ser vencida pelos governos que ofereçam aos africanos as ferramentas e recursos para uma mudança real – vinda de dentro.
Antes, o Fundo Monetário Internacional, FMI, anunciou a discussão de um aumento dos financiamentos ao Djibuti e ao Quénia como parte da resposta internacional para aliviar os efeitos da seca no Corno de África.