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FMI animado com evolução económica somali no primeiro relatório em 25 anos

Bandeira da Somália.

FMI animado com evolução económica somali no primeiro relatório em 25 anos

Crescimento económico em 2014 atingiu 3,7%; órgão quer correção de concessões sobre negócios de recursos naturais; pesca, pecuária  e investimento de cidadãos do país apoiaram desempenho.

Eleuério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Fundo Monetário Internacional, FMI, lançou esta quarta-feira o seu primeiro relatório sobre o estado da economia na Somália, 25 anos após o início da violência no país.

O órgão realça o que considera "grandes progressos para restaurar o crescimento económico", que em 2014 atingiu 3,7%.

Pagamentos

O país do Corno de África ainda não é elegível a ter assistência do órgão devido a uma dívida em torno de 94% do seu Produto Interno Bruto, aliada a vários pagamentos em atraso.

Falando à Rádio ONU, de Washington, o chefe da missão do FMI para a Somália, Rogério Zandamela, disse haver boas perspetivas de crescimento do país, apesar da pobreza e de problemas humanitários e de segurança.

Governo

"Questões de governança são fundamentais, sobretudo questões institucionais. São importantes para ajudar a Somália no crescimento e a lidar com as questões de pobreza e da desigualdade. Outra questão fundamental são as relações entre o centro e as regiões, o Governo Federal."

Entretanto, Zandamela aponta também como desafios as dívidas e a necessidade de uma revisão das concessões de exploração de recursos naturais como gás e petróleo. Para tal, ele defende que o país pode ter apoio de nações e instituições do continente que já têm dado auxílio.

Técnicas

"Como na questão da segurança. Neste processo, também joga um papel importante o Quénia, por exemplo. O Banco Central queniano tem ajudado e facilitado que técnicos somalis trabalhem na instituição, em Nairobi, para aprender técnicas e obter mais conhecimentos."

Os fatores que ditaram o crescimento somali incluem a venda de gado e de pescado, o crescimento do setor privado na construção e comunicações e o investimento de vários somalis que estavam no exterior no país.

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