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Surto de cólera na Somália tem que ser contido, alerta OMS BR

Surto de cólera na Somália tem que ser contido, alerta OMS

Em 30 coletas feitas em hospitais de Mogadíscio, 18 casos da doença foram confirmados. A Organização Mundial da Saúde teme um risco de propagação da epedemia na capital somali.

[caption id="attachment_203092" align="alignleft" width="350" caption="Dezenas de milhares de pessoas já morreram por causa da fome no Chifre da África"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

A Organização Mundial da Saúde, OMS, quer intervenção integrada urgente para minimizar o risco de propagação da epidemia de cólera na capital somáli, Mogadíscio.

Num comunicado, emitido nesta sexta-feira, a agência confirmou que 60% dos exames feitos em 4 272 deslocados internos somalis confirmaram diarréia aguda.

A OMS alerta que o movimento contínuo de deslocados vai dificultar esforços para conter a doença.

45 mil tendas

De acordo com o médico Michel Yao,  da OMS, as crianças enfraquecidas pela desnutrição estão em maior risco de contrair o cólera devido à qualidade da água e saneamento. Ele acrescentou que o desafio é assegurar uma intervenção integrada com parceiros dos setores, para a prestação de serviços para reduzir risco de propagação.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur,  disse que mais de 45 mil tendas são urgentemente necessárias para somalis que chegam ao Quênia fugindo da seca, fome e conflitos.

70 mil Refugiados

Em declarações a jornalistas, a agência aponta que mais de 70 mil refugiados somalis chegaram a três campos que compõem o complexo queniano de Dadaab durante os meses de junho e julho. A população de refugiados  ultrapassa os 440 mil.

Amos no Quênia

Entretanto, a subsecretária-geral para Assuntos Humanitários, Valerie Amos visita o Quênia para manter contato com as agências humanitárias que respondem à crise.

Cerca 3,7 milhões de somalis, equivalentes a metade da população, correm risco de fome e dezenas de milhares já morreram. Estima-se que 12,4 milhões de pessoas enfrentam a escassez de alimentos no  Djibuti, Etiópia, Quênia e Somália.

Apresentação Yara Costa da Rádio ONU em Nova York.*