ONU condena ataque a civis que matou dezenas da Síria
Em nota, Secretário-Geral pediu ao governo do país que cesse, imediatamente, a ofensiva; segundo agências de notícias tanques do exército voltaram às ruas nesta segunda-feira para reprimir manifestantes.
[caption id="attachment_202453" align="alignleft" width="350" caption="Ban Ki-moon"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas condenaram o ataque de tropas da Síria à cidade de Hama, neste domingo.
Agências de notícias sugerem que pelo menos 70 pessoas morreram na ofensiva contra opositores do presidente Bashar al-Assad. Mas segundo organizações de direitos humanos, o número de vítimas fatais poder ser de 130.
Ramadã
Em nota, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, pediu o fim imediato dos ataques.
Nesta segunda-feira, tanques do exército sírio voltaram às ruas de Hama, para reprimir os manifestantes.
O dia marca também o início do Ramadã, o mês de jejum dos muçulmanos.
Ao condenar os ataques, o Secretário-Geral lembrou que as autoridades sírias têm obrigação de respeitar os direitos do povo incluindo a liberdade de expressão e de reunião.
Em entrevista à Rádio ONU, antes do ataque em Hama, o embaixador de Portugal, José Filipe Moraes Cabral, falou sobre os riscos da violência na Síria.
“A estabilidade de Síria é algo que também se repercurte, imensuravelmente, na estabilidade dos países vizinhos, e são muitos: Turquia a Jordânia, do Líbano a Iraque, Israel. De modo que existe aí, de fato, um potencial de ameaça à estabilidade a toda uma vasta região já extremamente frágil e com problemas extremamente complexos”.
Portugal foi eleito para um assento rotativo no Conselho de Segurança, onde deve permanecer até o final de 2012.