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Brasil diz que mundo espera decisão sobre Gaza BR

Brasil diz que mundo espera decisão sobre Gaza

Embaixadora na ONU, Maria Luiza Ribeiro Viotti, afirma que eficiência e legitimidade do Conselho de Segurança correm risco de diminuir em caso de hesitação sobre solução para o conflito.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Brasil discursou nesta quarta-feira durante a retomada da sessão especial do Conselho de Segurança sobre a situação na Faixa de Gaza.

A embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti condenou o que chamou de uso desproporcional da força por Israel e os ataques com foguetes lançados por militantes palestinos.

Eficiência

Ela afirmou que o Brasil apóia um cessar-fogo imediato. E disse que o Conselho de Segurança precisa agir.

“O papel primordial do conselho é o de manter a paz e a segurança internacionais. Este é um caso clássico em que o conselho precisa agir para obter a restauração da paz e promover um entendimento entre as partes. A principal prioridade neste momento é um cessar-fogo, mas nós temos plena confiança de que é necessário continuar os esforços para uma solução duradoura para este conflito”, disse.

Segundo a embaixadora, a legitimidade e eficiência do órgão da ONU podem diminuir caso o conselho seja considerado hesitante sobre uma resolução para o conflito.

Alimentos e Remédios

Maria Luiza Ribeiro Viotti afirmou que o presidente Lula e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, já manifestaram a disposição do Brasil em ajudar numa solução duradoura.

Ela lembrou que o país apóia a proposta de criação de um Estado palestino vivendo lado a lado, em paz e segurança, com Israel.

A embaixadora do Brasil na ONU disse que o país está enviando 14 toneladas de alimentos e remédios às vítimas em Gaza.

Primeiros Socorros

“Esse carregamento deve chegar no sábado. Ele compreende medicamentos, entre os quais sais de reidratação, instrumentos para primeiros socorros, antibióticos e também caixas contendo alimentação para uma família de cinco membros, dois adultos e três crianças, por dez dias, cada caixa”, explicou.

A operação militar de Israel já matou pelo menos 580 pessoas e deixou 2,5 mil feridas. O governo diz que a ofensiva é uma resposta aos atentados com foguetes palestinos contra o sul de Israel.