ONU está prestando assistência a vítimas das enchentes em Mianmar
Segundo o governo do país, 39 pessoas morreram na semana passada e mais de 200 mil foram afetadas pelas fortes chuvas; segundo Acnur, o ciclone Komen, que “varreu” o oeste do país na semana passada, causou “danos extensos” em áreas onde milhares de pessoas deslocadas estão vivendo.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, está prestando assistência às vítimas de enchetes nos estados de Rakhine e Kachin, em Mianmar.
Segundo a agência, o ciclone Komen, que “arrasou” o oeste do país na semana passada, causou “danos extensos” em áreas onde milhares de pessoas deslocadas estão vivendo.
Deslocados
Fortes ventos, chuvas e inundações ainda estão prejudicando a avaliação e ações de assistência, mas equipes da ONU e de ONGs conseguiram chegar a campos para deslocados internos na província de Rakhine.
Segundo o Acnur, em 24 campos avaliados até o momento, um quarto dos abrigos temporários foi danificado, afetando 21 mil pessoas. A agência ainda está avaliando o impacto nas populações deslocadas nos estados de Rakhine e Kachin. O objetivo é identificar necessidades imediatas e distribuir ajuda.
Mortes
Na segunda-feira, o governo do Mianmar relatou que 39 pessoas morreram na última semana e mais de 200 mil foram afetadas pelas fortes chuvas e inundações em todo o país.
Segundo o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assistência Humanitária, Ocha, esses números devem subir nos próximos dias, a medida que mais áreas se tornam acessíveis e mais informação disponível.
Urgência
Avaliações iniciais mostram que pessoas precisam “urgentemente” de comida, abrigos, água, apoio ao saneamento e acesso a assistência de saúde emergencial.
Nas áreas atingidas foram prejudicadas redes de transporte, de energia e infraestrutura de comunicação. O acesso a muitos locais é um “grande desafio”.
Segundo o Ocha, as autoridades do Mianmar pediram formalmente assistência internacional nesta terça-feira. No entanto, a ONU e instituições humanitárias têm trabalhado de forma próxima com as autoridades do país e apoiado a resposta humanitária desde o ínicio das enchentes em 30 de julho.
O apoio da ONU inclui o envio de equipes de avaliação às áreas mais afetadas para identificar prioridades em termos de água, saneamento, abrigo, comida e outros itens de assistência.
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