Para secretário-geral, jornalistas estão recebendo “tratamento inaceitável”
Ban Ki-moon cita sequestros, detenções e assassinatos de profissionais da mídia; em evento que antecede o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, chefe da ONU diz que dados são “alarmantes”.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Somente no ano passado, 70 jornalistas foram assassinados e 211 detidos, segundo números apresentados esta quinta-feira pelo secretário-geral da ONU durante um evento na sede da organização, em Nova York.
No debate que antecede o Dia Mundial da Liberdade de Impresa, celebrado em 3 de maio, Ban Ki-moon afirmou que os jornalistas viram alvo por “falar ou escrever verdades desconfortáveis”.
Impunidade
Sequestros, detenções, violência física e assassinatos foram citados pelo Secretário-Geral como exemplos de “tratamento inaceitável” em um mundo cada vez mais dependente de notícias e de jornalistas.
Ban afirmou que desde 1992, mais de mil profissionais da imprensa foram assassinados, quase um por semana. Ele destacou que os números são “alarmantes”.
O secretário-geral pediu o fim da impunidade para os responsáveis por esses casos de violência e intimidação.
O chefe da ONU espera que governos e sociedade civil defendam a liberdade de imprensa, segundo ele “um direito fundamental” para o desenvolvimento.
Ban também quer mais liberdade de expressão, mídia independente e acesso universal ao conhecimento.