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ONU diz que insegurança impede retirada de armas químicas da Síria BR

ONU diz que insegurança impede retirada de armas químicas da Síria

Missão conjunta da ONU-Opaq foi informada pelas autoridades do país árabe sobre a situação no porto de Latakia; até agora mais da metade do arsenal sírio foi destruído ou retirado do país.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A ONU afirmou, esta quinta-feira, que o processo de retirada das armas químicas da Síria foi suspenso desde 20 de março.

As autoridades sírias disseram à Missão conjunta da ONU-Opaq que o motivo da interrupção foi a piora da situação da segurança na província de Latakia.

Armamentos

O arsenal sírio está sendo retirado do país através do porto que fica na região.

Segundo a ONU e a Organização para a Proibição de Armas Químicas, até agora, 53,6% dos armamentos foram destruídos ou retirados do país.

As autoridades sírias disseram que a suspensão da retirada é temporária.

A Missão da ONU-Opaq deixou claro para o governo sírio que é necessário retomar o processo o mais rápido possível. A meta é cumprir o prazo para a retirada e destruição das armas químicas da Síria até 30 de junho.

Ajuda

Enquanto isso, o Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, informou que conseguiu levar ajuda para mais de 335 mil sírios deslocados no país.

Foram realizados oito voos de emergência que levaram remédios, equipamentos de saúde, kits de higiene e sapatos para os mais necessitados.

Pela primeira vez desde novembro de 2012, as organizações de ajuda conseguiram levar suprimentos para as pessoas sitiadas na cidade de Douma.

Mais de 2,9 milhões de crianças foram vacinadas contra a poliomielite no mês passado, o número mais alto desde o início da campanha de vacinação em 2013.

Missões humanitárias em Alepo, Homs e Tartous registraram uma alta nos casos de casamento infantil, como também de violências doméstica, sexual e de gênero.