Tribunal diz que não vai tolerar violência pós-eleitoral na RD Congo
Milhares estão fugindo dos confrontos após votação, realizada em 28 de novembro, no país africano.
[caption id="attachment_205785" align="alignleft" width="350" caption="Luis Moreno Ocampo"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno Ocampo, afirmou que o órgão não irá tolerar casos de violência pós-eleitoral na República Democrática do Congo.
Segundo agências de notícias, milhares de pessoas estão fugindo do país, no centro-sul da África, após as votações presidenciais e legislativas, do último dia 28.
Facções Rivais
Em nota, o TPI afirmou que qualquer onda de violência política será investigada e os responsáveis levados à justiça.
Moreno Ocampo contou que o Tribunal continua recebendo vários relatos de ataques violentos contra civis e facções rivais. Segundo ele, forças nacionais de segurança e grupos armados também estariam envolvidos.
O promotor disse que está solicitando informações à autoridades congolesas de que forças do governo teriam atirado em manifestantes.
Esta é a segunda vez que os congoloses vão às urnas desde a independência do país da Bélgica em 1960.
Ataques a Civis
Segundo agências de notícias, a tensão está aumentando na capital, Kinshasa.
O promotor-chefe do TPI lembrou os casos do Quênia e da Cote d’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim, ao dizer que planejar e executar ataques a civis por causa de resultados de eleições não será tolerado.
Moreno Ocampo pediu aos líderes políticos que acalmem seus simpatizantes explicando que a violência não pode ser usada como recurso para a vitória.