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ONU e parceiros pedem a generais no Sudão que estendam cessar-fogo por mais 72 horas

Representantes do Mecanismo Trilateral
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Representantes do Mecanismo Trilateral

ONU e parceiros pedem a generais no Sudão que estendam cessar-fogo por mais 72 horas

Paz e segurança

Em comunicado, Mecanismo Trilateral afirmou que os sudaneses precisam “urgentemente de uma pausa humanitária”; choques entre tropas do Exército do Sudão e paramilitares das Forças de Apoio Rápido eclodiram em 15 de abril matando centenas de deixando milhares de feridos na nação africana.

As Nações Unidas, a União Africana e a Autoridade Intergovernamental sobre Desenvolvimento, Igad, renovaram seu apelo para um novo cessar-fogo no Sudão.

Em comunicado conjunto, as três entidades que formam o Mecanismo Trilateral pediram ao general Abdel Fattah al-Burhan, comandante do Exército do Sudão, e ao general Mohamed Hamdan Dagalo, que lidera o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido, que silenciem suas armas por mais 72 horas. O atual prazo terminou à meia-noite de domingo, no Sudão.

Direito internacional

O grupo afirma que os sudaneses precisam “urgentemente” de uma pausa humanitária.

Refugiados do Sudão a caminho do Chade
© Unicef/Donaig Le Du

As três entidades também disseram que ambas as partes no conflito devem respeitar o cessar-fogo, proteger os civis e se abster de atacar áreas residenciais, escolas e instalações de saúde.

O Mecanismo declarou que todas as partes envolvidas nos combates devem lembrar a seus integrantes da importância do cumprimento de suas obrigações sob o direito internacional.

Este novo cessar-fogo também ajudará com as conversações entre ambos os lados para estabelecer um fim permanente da violência no Sudão.

Pelo menos 500 pessoas morreram

Os novos choques entre os militares do Sudão e os paramilitares começaram em 15 de abril na capital Cartum e outras partes da nação africana.

Segundo agências de notícias, mais de 500 pessoas foram mortas e milhares ficaram feridas na violência.

Neste domingo, a capital do país, Cartum, foi alvo de bombardeios aéreos apesar do cessar-fogo para possibilitar a saída dos civis.

A instabilidade política no país se intensificou com o golpe militar de 2021, dois anos após a formação de um governo civil-militar iniciado com a saída do poder do ex-presidente Omar al-Bashir.

O representante especial do secretário-geral da ONU no Sudão, Volker Perthes, disse que a organização não vai abandonar o país africano e continua engajada nos esforços de paz que levem à restauração da democracia.

Na semana passada, alguns países iniciaram a retirada de seus trabalhadores do Sudão incluindo Estados Unidos e Reino Unido.