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Guterres saúda acordo sobre transição no Sudão assinado esta sexta-feira

Secretário-geral declarou que também está preocupado com o excesso de relatos sobre restrições no lado indiano da Caxemira.
Foto: ONU/Jean-Marc Ferré
Secretário-geral declarou que também está preocupado com o excesso de relatos sobre restrições no lado indiano da Caxemira.

Guterres saúda acordo sobre transição no Sudão assinado esta sexta-feira

Assuntos da ONU

Secretário-geral elogia papel de medição da União Africana e Etiópia no diálogo entre militares e membros da oposição; crise do Sudão piorou em abril com queda do presidente Omar al-Bashir, que esteve mais de duas décadas no poder.

O secretário-geral das Nações Unidas disse estar encorajado pelo acordo assinado entre as Forças para a Liberdade e a Mudança, da oposição, e o Conselho Militar de Transição para a criação de órgãos de transição no Sudão.

Em nota emitida pelo seu porta-voz, António Guterres saúda o papel de mediação da União Africana e da Etiópia nas conversações lideradas pelo Sudão. O chefe da ONU também elogiou a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, Igad, por apoiar o processo.

Aumento de preços de alimentos seguiu-se ao fim das reservas alimentares desde fevereiro.
Protestantes na capital do Sudão, Cartum. Foto: ONU Sudão/Ayman Suliman

Conselho Soberano

Agências de notícias informaram que a assinatura do acordo prevê a partilha do poder entre as partes envolvidas até que sejam realizadas eleições. O desfecho tem sido largamente celebrado nas ruas do país africano, de acordo com os relatos.

As duas partes também concordaram em controlar de forma rotativa o conselho soberano, considerado o mais alto nível do poder no país.

Na nota, Guterres encoraja todas as partes interessadas a “garantir a implementação oportuna, inclusiva e transparente do acordo e a resolver quaisquer questões pendentes por meio do diálogo”.

Violência 

O chefe da ONU também felicitou as partes pelo compromisso em realizar uma investigação independente sobre a violência contra manifestantes pacíficos, incluindo os eventos de 3 de junho.

Ao terminar o comunicado, o secretário-geral expressa sua solidariedade ao povo do Sudão e reitera o compromisso da ONU de ajudar no processo de transição.

A crise do Sudão piorou em abril deste ano com a queda do presidente Omar al-Bashir liderada por forças militares.

Nos quatro meses anteriores, o país foi marcado por manifestações populares contra o ex-líder que estava no poder há 20 anos.