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Acnur fala de “aumento dramático” de refugiados no Sudão do Sul

Acnur fala de “aumento dramático” de refugiados no Sudão do Sul

Em três semanas, cerca de 35 mil refugiados chegaram ao Alto Nilo, o que aumentou a população de refugiados para o dobro; refugiados comem folhas de árvores para sobreviver durante a caminhada.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O alto comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, alertou que a situação humanitária está a agravar-se no estado sul-sudanês  do Alto Nilo.
Em nota, publicada esta segunda-feira, Guterres refere que a agência e os seus parceiros são confrontados com um “aumento repentino de refugiados recém-chegados” à região.

Deslocados

A ONU estima em dezenas de milhares o número de civis deslocados após confrontos que se seguiram ao envio de forças do exército sudanês a Abyei, em Maio. O enclave, rico em recursos naturais, é disputado pelo Sudão e pelo Sudão do Sul.

Conversações entre os dois países decorrem na capital etíope, Addis Abeba, sob a mediação de um Painel de Alto Nível da União Africana.

Refugiados

Nas últimas três semanas, cerca de 35 mil refugiados chegaram ao Alto Nilo  , o que aumentou a população de refugiados do  estado para o dobro. De acordo com o Acnur, o país oferece acolhimento a 150 mil sudaneses.

Guterres indicou que a maioria dos novos refugiados do estado sul-sudanês está nas proximidades da fronteira com o Sudão, para garantir a sua segurança.

A agência indica ainda que o facto está a aumentar os desafios de logística e de distribuição de ajuda humanitária imediata, e citou relatos de pessoas obrigadas a comer folhas de árvores para sobreviver durante a caminhada.