ONU dissolve missão de investigação na Ucrânia liderada por general Santos Cruz

Criação do grupo foi anunciada em 3 de agosto a pedido dos governos da Ucrânia e da Rússia; razão foi ausência de condições necessárias para envio das equipes ao local.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, decidiu dissolver a missão de apuração dos fatos em relação ao incidente de 29 de julho de 2022 de Olenivka, em Donetsk, na Ucrânia, onde dezenas de prisioneiros de guerra foram mortos numa explosão em um centro de detenção.
O motivo foi a ausência de condições necessárias para o envio das equipes ao local, segundo o porta-voz do secretário-geral da ONU.
Stéphane Dujarric disse que o secretário-geral agradece muito ao general reformado Carlos Alberto dos Santos Cruz que havia sido escolhido para liderar a missão.
Ele também agradeceu a disponibilidade da ex-ministra das Relações Exteriores da Islândia, Ingibjörg Sólrún Gísladóttir, e o ex-comissário da polícia da ONU, Issoufou Yacouba, do Níger, que faziam parte da equipe.
De acordo com Dujarric, o chefe das Nações Unidas reitera seu apelo ao pleno respeito ao direito humanitário internacional e aos direitos humanos, incluindo a proteção e o tratamento dos prisioneiros de guerra.
A criação da missão havia sido anunciada em 3 de agosto de 2022 após pedido da Rússia e da Ucrânia.
O anúncio do nome do general brasileiro foi feito por Guterres numa conversa com jornalistas e ao lado do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, na cidade de Lviv, em 18 de agosto.
Na época, o general conversou com a ONU News, dizendo ter se sentido muito honrado por ter seu nome considerado por Guterres.
Santos Cruz já comandou duas missões de paz das Nações Unidas, a Minustah, no Haiti, e a Monusco, na República Democrática do Congo, na África. Ele também produziu um relatório, conhecido como Santos Cruz Report, sobre o funcionamento de missões de paz pelo mundo.