ONU alerta sobre piora da situação de direitos humanos na Ucrânia

Conselho de Direitos Humanos afirmou que observadores internacionais ainda não têm acesso a Donetsk e Luhansk; vice-alta comissária citou também problemas na Crimeia.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A vice-alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Kate Gilmore, fez um alerta, esta terça-feira, sobre a piora da situação dos direitos humanos na Ucrânia.

Falando aos membros do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, Gilmore afirmou que o conflito no país continua causando impactos em áreas de população civil.

Donetsk e Luhansk

Ela declarou que os observadores internacionais não receberam autorização para entrar nas auto-proclamadas “República do Povo de Donetsk e de Luhansk”.

Segundo a vice-alta comissária da ONU, isso gera “sérias preocupações sobre casos de tortura e violência de gênero”.

Gilmore afirmou ainda que a situação dos direitos humanos na República Autônoma da Crimeia continua piorando.

Para ela, “há uma pressão para que todas as partes envolvidas no conflito adotem medidas decisivas para proteger os civis e cumprir o cessar-fogo, seguindo o Acordo de Minsk.

Livre Acesso

O próximo relatório deve mostrar uma revisão da situação dos direitos humanos na região ocupada ilegalmente da Crimeia e na cidade de Sevastopol.

A vice-alta comissária declarou que as missões de organizações internacionais precisam ter livre acesso à região para observar as questões de direitos humanos.

Os membros do Conselho expressaram preocupação com o aumento das hostilidades e das mortes e ferimentos de civis no leste do país. Eles mencionaram também que a proliferação de armas e de munição facilitou a ocorrência de violações e abusos dos direitos humanos.

Segundo os integrantes do órgão, “todas as medidas devem ser tomadas para reduzir as tensões, prevenir a morte de civis e acabar com os ataques a escolas e hospitais”.