A mulher já provou que faz a diferença na política, diz vice-chefe do Parlamento de Angola
Emília Carlota Dias participou de evento da União Interparlamentar nas Nações Unidas sobre recuperação sustentável; ela falou à ONU News que o tempo de a mulher ficar à margem de processos decisórios acabou; país tem quase 30% de mulheres no Parlamento.
Esta é a hora de mais mulheres assumirem cargos públicos e fazerem a diferença na tomada de decisões. A opinião é da deputada e vice-presidente do Parlamento de Angola, Emília Carlota Dias.
Na semana passada, ela esteve na sede da ONU, em Nova Iorque, chefiando a delegação angolana para o encontro da União Interparlamentar, UIP, nas Nações Unidas. A Audiência Parlamentar discutiu a construção de apoio político e respostas inclusivas à recuperação sustentável da Covid-19.
Rede de mulheres
A vice-presidente do Parlamento de Angola destacou a participação das mulheres no gerenciamento da pandemia e disse que seu país agiu rapidamente para responder a crise. Para Emília Carlota Dias, as mulheres fazem a diferença na hora de tomar decisão.
“Nós mulheres, através dos nossos dos nossos partidos políticos, bancadas parlamentares, a nível da sociedade civil, rede de mulheres, temos que continuar a pressionar os nossos líderes para que não só o problema da cota, cota do ponto de vista de uma. discriminação positiva que dê às mulheres a capacidade de participar da tomada de decisão. Mas sim a consciência que o mundo tem mais mulheres que homens. A maioria são as mulheres. E já está comprovado que a mulher é o centro do desenvolvimento, a mulher é capaz de dirigir. A mulher é aquela não pode ser vista, como a história remonta, que nos diz que era para estar na cozinha, era para cuidar dos filhos e era para procriar. Hoje. não.”
Eleições
Segundo a União Interparlamentar, as mulheres ocupam 29,55% dos assentos do Parlamento angolano, que tem 220 representantes.
Este ano, o país africano realiza novas eleições, a primeira após o pleito de 2017.
O encontro da União Interparlamentar em Nova Iorque também analisou os desafios da mulher na política, da juventude, de minorias e a Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável.