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Para parlamentar, angolanos que vivem no exterior devem voltar à pátria BR

Para parlamentar, angolanos que vivem no exterior devem voltar à pátria

Deputada angolana, Carolina Cerqueira, disse à Rádio ONU que compatriotas seriam uma força para consolidar desenvolvimento e reconstrução nacional; ela citou caso do Brasil, onde vivem 1689 angolanos, mais de um terço do total de refugiados no país.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Os angolanos que vivem no exterior, incluindo no Brasil, como refugiados são bem-vindos a casa para cooperar com a reconstrução nacional e o desenvolvimento de Angola.

A declaração foi dada à Rádio ONU pela deputada angolana Carolina Cerqueira. Ela está participando da Assembleia da União Interparlamentar, UIP, que termina nesta quarta-feira, em Genebra.

Famílias

Para a deputada, Angola tem condições de vida e de paz diferentes das registradas durante a guerra civil, quando muitos angolanos chegaram ao Brasil e a outros países. Segundo ela, os angolanos que vivem fora podem ser uma força para a nação.

“Temos vindo a trabalhar com as autoridades brasileiras para a integração desses angolanos (...) (Pergunta: “E o desejo de Angola é que eles retornem a Angola?”) Com certeza. São angolanos. Devem regressar a seu país, participar no processo de desenvolvimento de Angola. E para que os seus filhos cresçam como angolanos dentro da pátria que viu nascer os seus pais. Mas no caso de outros que constituíram famílias e fixaram-se noutros países, Angola tem dado todo apoio e atenção.”

Síria

A deputada angolana, Carolina Cerqueira, participou de um debate sobre a situação de refugiados da guerra civil na Síria, onde expressou solidariedade aos que fogem do conflito. Ela lembrou da experiência de Angola no acolhimento de refugiados de outros países africanos.

Carolina Cerqueira disse ainda que muitos angolanos refugiados na República Democrática do Congo têm voltado à terra natal.

“Nós temos vindo a apelar e a trabalhar com a comunidade angolana que saiu do território nacional por altura do conflito armado para regressar a Angola. Temos vindo a desenvolver um amplo trabalho de sensibilização para que os angolanos retornem a seu país. A nível interno estão criadas condições mínimas e incentivos ao empreendedorismo de angolanos e a sua integração num trabalho socialmente útil.”

A delegação de parlamentares angolanos participando da reunião da União Interparlamentar em Genebra conta com seis integrantes.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, o Brasil tem 4637 refugiados. O total originário de Angola é de 1689 pessoas.