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Auxílio emergencial a milhões de pessoas em Mianmar requer US$ 826 milhões BR

Pelo menos 400 pessoas já foram mortas em protestos de rua em Mianmar.
Unsplash/Zinko Hein
Pelo menos 400 pessoas já foram mortas em protestos de rua em Mianmar.

Auxílio emergencial a milhões de pessoas em Mianmar requer US$ 826 milhões

Paz e segurança

Situação humanitária piorou; este 1 de fevereiro marca um ano do golpe militar no país asiático; especialista de direitos humanos pede embargo de armas para conter “assassinatos de inocentes”.


Um ano após o golpe militar em Mianmar, a antiga Birmânia, a situação humanitária no país agravou-se ainda mais. Nesta terça-feira, a ONU lançou um apelo recorde de US$ 826 milhões para socorrer a população afetada.

A quantia quer alcançar 6,2 milhões de pessoas. O pedido faz parte do Plano de Resposta Humanitária 2022 para a nação do sudeste asiático.

Conflito 

este 1 de fevereiro, várias pessoas saíram às ruas para protestar contra o golpe, que levou à prisão a prisão da conselheira de Estado e Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, e outros líderes democraticamente eleitos. 

Por causa do aniversário, os militares reforçaram o patrulhamento nas ruas e impuseram um toque de recolher.

Agências humanitárias destacam o aumento de deslocamentos em massa por confrontos opondo grupos armados e militares. Cerca de 400 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas de várias aéreas do país.

Com o apelo desta terça-feira, a ONU lembra “da crescente crise que mergulhou cerca de 14,4 milhões de pessoas em todo o país em necessidades humanitárias.”

O relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos em Mianmar marcou divulgou um vídeo com birmaneses contando os desafios e ações no país.

Assassinatos

Tom Andrews pediu mais robustez dos Estados na atuação internacional “antes que seja tarde demais”. 

Ele sugere um embargo de armas para acabar com “assassinatos de inocentes”.

O secretário-geral António Guterres pediu aos militares no poder em Mianmar que permitam o acesso à ajuda humanitária e atendam ao povo em desespero.

O chefe da ONU disse que além de ter encerrado uma década de democracia, o golpe  mergulhou o país em turbulência.

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, disse que a comunidade internacional deve intensificar a pressão sobre os militares pelo fim da campanha de violência contra o povo e pela pronta restauração de um regime civil.