OIM precisa de US$ 24 milhões para lidar com piora da situação no Afeganistão
Agência prevê que necessidades aumentem; metade dos 40 milhões de habitantes precisa de ajuda; Escritório da ONU de Assistência Humanitária alerta para pressão adicional agora observada em busca de serviços de saúde no sul.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, precisa de US$ 24 milhões para melhorar a resposta às crescentes necessidades humanitárias no Afeganistão.
Nesta terça-feira, a agência lançou um apelo urgente destacando que nos últimos dois meses houve centenas de milhares de novos deslocados internos.
Necessidades
No total existem 5,5 milhões de pessoas vivendo nessa situação. Destes, cerca de 10% abandonaram suas casas este ano. Metade fugiu de suas casas desde julho.

O levantamento de recentes avaliações para oferecer uma resposta e proteção rápidas soma-se aos US$ 1,3 bilhão já pedidos pela comunidade humanitária para apoiar o país neste ano.
2021 começou com cerca de 20 milhões de afegãos carecendo de ajuda humanitária. Metade são menores e espera-se que as necessidades aumentem.
O chefe da missão da OIM no Afeganistão, Stuart Simpson, disse que a agência continua operando onde é possível, dependendo de acesso e segurança.
Proteção
O deslocamento em grande escala causado pelo conflito e pela seca é agravado pela pandemia. Combinados, esses fatores pioram a pobreza e a insegurança alimentar, gerando enormes necessidades humanitárias e de proteção no país.
As prioridades incluem abrigo e ajuda não alimentar, água, saneamento e higiene saúde, proteção, assistência humanitária multissetorial nas fronteiras, além de meios de subsistência de emergência e coesão social.

O chefe da OIM no Afeganistão pediu “acesso desimpedido e garantias de segurança para todos os funcionários.”
Balas perdidas
Até o início da semana, a situação geral de segurança no sul continuava relativamente calma, mas incerta. O Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha, citou relatos de ferimento de civis com dispositivos explosivos improvisados detonados em estradas e balas perdidas nas capitais provinciais.
Os hospitais dessas áreas admitem “um grande número de civis e combatentes do Talibã feridos em confrontos”. Antes, eles não tinham acesso devido aos problemas de segurança e ao fechamento de estradas, principalmente na província de Kandahar.
O aumento de vítimas está colocando pressão adicional nos já limitados serviços de saúde na região.