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Pelo menos 53 civis morreram entre junho e julho em ataques aéreos e bombardeios no noroeste sírio 

Conflito sírio “muito longe” do fim e é agravado por ações terroristas   BR

Ocha
Pelo menos 53 civis morreram entre junho e julho em ataques aéreos e bombardeios no noroeste sírio 

Conflito sírio “muito longe” do fim e é agravado por ações terroristas  

Paz e segurança

Enviado das Nações Unidas lembra importância de cooperação para maior eficácia do contraterrorismo; chefe humanitário alerta sobre maior movimento de deslocados desde o anúncio do cessar-fogo em março do ano passado. 

O enviado especial da ONU para a Síria alertou esta terça-feira sobre os riscos do aumento da violência em várias áreas. Geir Pedersen informou ao Conselho de Segurança que o conflito armado está “muito longe” de chegar ao fim. 

Na sessão, ele apontou recentes ataques de grupos terroristas que constam da lista do órgão. Para o enviado, esses atos “lembram que os esforços para combater o terrorismo são essenciais, e que para serem eficazes requerem cooperação, coordenação e ações estritamente dentro dos limites do direito internacional.” 

Ataques  

Sobre a escalada observada em muitas partes do país nos últimos meses,  Pedersen destacou a intensificação dos ataques aéreos e bombardeios. 

Assassinatos e ameaças a mulheres e meninas aumentaram clima de medo
Unicef/ Delil Souleiman
Assassinatos e ameaças a mulheres e meninas aumentaram clima de medo

 

Ele disse que continua fazendo esforços para facilitar a convocação de uma sexta sessão de representantes do Comitê Constitucional.  

As causas de impasse envolvem a “falta de confiança e também de vontade política, que paralisaram os esforços para avançar em uma solução política.” 

Pedersen mencionou ainda que falta ação sobre “o crucial dossier sobre detidos, abduzidos e pessoas desaparecidas.” 

Bombardeios  

Na reunião, o subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, sublinhou que pelo menos 53 civis morreram em junho e julho em ataques aéreos e bombardeios no noroeste. 

Operação humanitária síria alcança 6,6 milhões de pessoas por mês
Unicef/ Delil Souleiman
Operação humanitária síria alcança 6,6 milhões de pessoas por mês

 

O também coordenador de Ajuda de Emergência destacou danos na infraestrutura civil essencial e o deslocamento de mais de 20 mil pessoas, no maior movimento observado desde o anúncio do cessar-fogo em março do ano passado. 

Assassinatos e ameaças a mulheres e meninas aumentaram o clima de medo, expostas a maior risco de exploração e abuso sexuais com as terríveis necessidades dos campos e a extrema vulnerabilidade e dependência de ajuda. 

A operação humanitária síria é uma das maiores em todo o mundo alcançando cerca de 6,6 milhões de pessoas por mês em todo o território nacional. 

Martin Griffiths realçou que as necessidades superam a resposta, ao pedir muito mais apoio para aliviar o sofrimento na Síria.