Guterres apela por fim imediato de confrontos em Nagorno-Karabach
Tensão na área da fronteira entre Armênia e Azerbaijão recomeçou no domingo matando dezenas de pessoas; secretário-geral falou com ambas as partes ao telefone e retorno “sem demora” de negociações.
O secretário-geral disse estar “extremamente preocupado” com novos confrontos ocorridos ao longo da linha de contato na zona de conflito de Nagorno-Karabach.
Em nota emitida pelo seu porta-voz, em Nova Iorque, António Guterres condena o uso da força, lamenta a perda de vidas e os efeitos dessa situação na população civil da área territorial disputada entre a Armênia e o Azerbaijão.
Mortos
Agências de notícias informaram que pelo menos 23 pessoas foram mortas no domingo com o reacender do que é considerado um dos maiores confrontos em anos entre as duas ex-repúblicas soviéticas.
A região de Nagorno-Karabach é internacionalmente reconhecida como parte do Azerbaijão, mas controlada por armênios étnicos. No início da década de 1990, dezenas de milhares morreram em combates na área do Cáucaso.
O apelo do secretário-geral é que as partes parem imediatamente os combates, diminuam as tensões e retornem a negociações significativas sem demora.
Para esse propósito ele disse que falará tanto com o presidente do Azerbaijão quanto com o primeiro-ministro da Armênia.
Colaboração
Guterres reiterou que apoia totalmente “o importante papel dos copresidentes do Grupo de Minsk da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, Osce”.
O chefe da ONU insta as partes a trabalharem em estreita colaboração com a entidade regional “para uma retomada urgente do diálogo sem condições prévias”.