Mortes devido ao novo coronavírus ultrapassam 30 mil, segundo OMS
A pandemia da covid-19 afeta sistemas de saúde e isso ameaça sobrecarregar vários países. A crescente demanda por unidades e profissionais desse setor pode impedir uma operação eficaz, alertou a Organização Mundial da Saúde, OMS.
As declarações foram feitas pelo diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, na atualização desta segunda-feira, em Genebra. A agência informou que o mundo já tem 693.224 casos confirmados 33.106 mil mortes devido à doença em 202 países e territórios.
Vacina
O diretor-geral disse que surtos anteriores demonstraram que quando os sistemas de saúde são sobrecarregados, as mortes devido a doenças evitáveis e tratáveis por uma vacina aumentam de forma drástica.
Ele afirmou que, apesar de se estar diante de uma crise, os serviços essenciais de saúde devem continuar pois “bebês ainda estão nascendo, vacinas ainda precisam ser entregues, e pessoas carecem de tratamento essencial para outras doenças”.
Ghebreyesus apontou ações imediatas e direcionadas para reorganizar e manter o acesso a serviços de saúde essenciais de alta qualidade. Entre elas, estão atividades de rotina durante a gravidez e o parto, tratamento de doenças infecciosas e crônicas, além de condições de saúde mental e operações de serviços de sangue.
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Usuários podem encontrar informações e diretrizes sobre o novo coronavírus, covid-19. As últimas notícias da ONU, da Organização Mundial da Saúde e das agências das Nações Unidas. Para atualizações diárias da ONU News, clique aqui.O apelo aos países é que trabalhem com empresas “para aumentar a produtividade em serviços de saúde, assegurar a livre circulação de produtos essenciais do setor e garantir uma distribuição equilibrada desses produtos, com base nas necessidades.” Nesse sentido, ele pediu uma atenção particular para África, Ásia e América Latina.
Proteção
O chefe da OMS disse ainda que a agência atua de forma intensa com vários parceiros para aumentar o acesso a produtos essenciais, incluindo diagnósticos, equipamentos de proteção individual, oxigênio médico, ventiladores e outros.
Ghebreyesus mencionou medidas implementadas pelos países para restringir a circulação de pessoas. Nesse sentido, ele considera essencial que se possa respeitar a dignidade e o bem-estar de todas as pessoas.
Para o representante, também é importante que os governos mantenham as populações informadas sobre a duração dessas medidas e forneçam apoio a idosos, refugiados e outros grupos vulneráveis.
O representante disse que os governos precisam garantir o bem-estar das pessoas que perderam sua renda e de forma urgente assegurar “comida, saneamento e outros serviços essenciais”. O apelo é que essa atuação seja feita com as comunidades para criar confiança, apoiar a resiliência e a saúde mental.
Mais apoio
O Plano Estratégico de Preparação e Resposta, lançado pela agência há dois meses, já recebeu US$ 622 dos US$ 675 milhões necessários para apoiar os países. O chefe da OMS agradeceu os doadores pelas contribuições feitas até o momento.
Para ele, continuam sendo observados sinais de solidariedade global para enfrentar e superar a ameaça comum. Como um exemplo de que “o mundo está se unindo”, Ghebreyesus mencionou o compromisso do grupo das maiores economias mundiais, G20, de trabalhar em conjunto para melhorar a produção e o suprimento de produtos essenciais.
O diretor-geral da OMS considerou que no centro de uma tempestade como o covid-19, são essenciais ferramentas científicas, de saúde pública e atitudes como humildade e bondade.