ONU condena assassinato de manifestantes desarmados no Iraque BR

Violência no centro da capital, Bagdá, deixou "grande número de mortos e feridos entre cidadãos inocentes"; missão da ONU no Iraque, Unami, informou que mais de 400 pessoas e mais de 19 mil ficaram feridas durante protestos que começaram em outubro.
A representante especial do secretário-geral da ONU para o Iraque, Jeanine Hennis-Plasschaert, condenou o assassinato de manifestantes desarmados no centro de Bagdá na sexta-feira à noite.
Segundo a representante, a violência "deixou um grande número de mortos e feridos entre cidadãos inocentes."
Em nota, Hennis-Plasschaert disse que "o assassinato deliberado de manifestantes desarmados por elementos armados é uma atrocidade contra o povo do Iraque." Ela pediu que os autores sejam identificados e julgados.
A representante especial disse ainda que as Forças Armadas do Iraque "não devem poupar esforços para proteger os manifestantes pacíficos da violência causada por elementos armados que operam fora do controle do Estado."
Por outro lado, ela pede aos manifestantes que cooperem de forma com as autoridades para garantir que são protegidos e que os protestos são pacíficos.
Na terça-feira, a missão da ONU no Iraque, Unami, informou que mais de 400 pessoas e mais de 19 mil ficaram feridas durante os protestos.
Hennis-Plasschaert disse que "atos de violência conduzidos por gangues, decorrentes de lealdades externas, com motivações políticas e de vingança, podem colocar o Iraque num caminho perigoso."
Para ela, "é essencial atuar em conjunto para defender direitos fundamentais, como direito à reunião pacífica e liberdade de expressão."
A representante especial expressa ainda suas condolências às famílias das vítimas e deseja que os feridos se recuperem rapidamente.