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Nações Unidas encerram debate sobre desenvolvimento social com parceiros da sociedade civil

A área educativa faz parte do trabalho da OMF junto dos seus membros, nomeadamente na educação informal de mulheres.
Unicef/ UN0264160/Hubbard
A área educativa faz parte do trabalho da OMF junto dos seus membros, nomeadamente na educação informal de mulheres.

Nações Unidas encerram debate sobre desenvolvimento social com parceiros da sociedade civil

Cultura e educação

Presidente da Organização Mundial da Família contou à ONU News sobre principais temas da sessão que durou 10 dias; entidade que atua em todos os países de língua portuguesa também atua na área de educação informal de mulheres.

A 57ª sessão da Comissão para o Desenvolvimento Social abordou até esta quinta-feira as preocupações e prioridades da agenda da ONU com várias entidades do ramo e parceiros da organização.

Em entrevista à ONU News, a presidente da Organização Mundial da Família, OMF, Deisi Kusztra  explicou o que esteve em cima da mesa no encontro de 10 dias. 

Deisi Kusztra, presidente da Organização Mundial da Família
Deisi Kusztra, presidente da Organização Mundial da FamíliaONU News/Reprodução

Temas

“Eu acho que está havendo dentro da Comissão uma discussão muito importante com certos avanços em harmonizar diferentes opiniões em temas que são muito importantes, principalmente, destacando a igualdade, solidariedade e a questão da educação.”

A área educativa faz parte do trabalho da OMF junto dos seus membros, nomeadamente na educação informal de mulheres. O objetivo é promover oportunidades e reduzir desigualdades. Deisi Kusztra explica o alcance destas ações.

Parceiros

 “Hoje temos uma gama de afiliados em 187 países e trabalhamos a família no contexto do desenvolvimento. Nós também fomos a sétima organização acreditada junto das Nações Unidas, então acompanhamos o trabalho das Nações Unidas e passamos para os nossos membros, tanto dos governos como não-governamentais, os programas, os projetos que seguem as resoluções das Nações Unidas.”

A Organização Mundial da Família foi fundada em 1947 no contexto do pós-Segunda Guerra Mundial com o objetivo de reunir as famílias separadas pelo conflito.

Mais de 60 anos depois, a agremiação continua a trabalhar em prol dos interesses das famílias em cinco grandes áreas: emprego, habitação, saúde, educação e paz, estando presente em todos os países lusófonos.

Contexto

A vice-secretária-geral da ONU lembrou que que acordo com estudos da ONU, o número de trabalhadores pobres é de pelo menos 300 milhões
A vice-secretária-geral da ONU lembrou que que acordo com estudos da ONU, o número de trabalhadores pobres é de pelo menos 300 milhões.ONU News/Rebecca Hearfield

No seu discurso de abertura da Comissão, a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, lembrou que “a desigualdade de rendimentos aumentou em quase todos países desde 1980, estimando-se que 1,3 bilhão de pessoas vivem em pobreza multidimensional.” O responsável lembrou que que acordo com estudos da ONU, o número de trabalhadores pobres é de pelo menos 300 milhões porque “a concentração de rendimento e riqueza, juntamente com os impactos da globalização e da rápida mudança tecnológica, levou a ansiedade, exclusão e declínio da confiança entre governos e instituições públicas.”

A responsável elencou as três áreas de ação para conseguir reduzir as desigualdades: aumentar o investimento público em setores chave, trabalhar para o aumento de salários e combater as desigualdades salariais e, por último, reforçar a proteção social.

Assista aqui à entrevista na íntegra:

Entrevista à presidente da Organização Mundial da Família, Deisi Kusztra