ONU precisa de US$ 122 milhões para ajudar 1 milhão de pessoas no Sudão do Sul
Nos últimos cinco anos, mais de 4 milhões de pessoas fugiram de suas casas; agência da ONU diz que acordo assinado em setembro do ano passado oferece esperança, mas permanecem desafios.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, e os seus parceiros precisam de US$ 122 milhões para apoiar cerca de 1 milhão de pessoas no Sudão do Sul durante o ano de 2019.
O país enfrenta uma crise humanitária desde o início do conflito em 2013. Nos últimos cinco anos, mais de 4 milhões de pessoas fugiram de suas casas em busca de segurança. Existem quase 2 milhões de deslocados internos.
Paz
Em nota, a agência diz que o Acordo Revitalizado para a Resolução do Conflito no Sudão do Sul, assinado em setembro passado, “oferece esperança para a paz e otimismo cauteloso.”
A OIM informa que estão surgindo algumas áreas de estabilidade onde é possível um retorno e diz que, em breve, poderá haver um retorno ainda mais amplo das comunidades deslocadas.
Apesar disso, anos de violência continuam a afetar mais de 7 milhões de pessoas, que precisam urgentemente de assistência e proteção humanitária.
A OIM afirma que “o país ainda enfrenta custos humanitários e financeiros arrasadores”, como pobreza, fome intermitente, falta de meios de subsistência e falta acesso a muitos serviços básicos.
Desafios
Em nota, o chefe da Missão da OIM no Sudão do Sul, Jean-Philippe Chauzy, disse que “à medida que o caminho para a paz está sendo construído, persistem muitos desafios.”
A agência da ONU defende uma abordagem integrada, com os esforços de estabilização na área da migração complementando outras intervenções humanitárias.
Para a OIM, projetos de água, saneamento e higiene e gestão de acampamentos e iniciativas para aumentar a resiliência comunitária “também exigem esforços ininterruptos.”
Jean-Philippe Chauzy explicou que, em 2019, "as operações da OIM continuarão a apoiar pessoas vulneráveis com assistência essencial.”
O chefe da missão disse esperar que “a OIM e as comunidades que serve possam contar com o necessário apoio dos doadores em um ano que se espera que seja decisivo.”
Presença
A OIM iniciou suas operações no país em 2005, A sua missão foi estabelecida logo depois da independência do país, em julho de 2011.
Desde o início do conflito em dezembro de 2013, a OIM já apoiou milhares de comunidades de acolhimento, retornados e deslocados internos.
A agência tem escritórios em sete cidades do país, incluindo Juba, Bentiu e Malakal. No total, mais de 2.350 funcionários da agência trabalham no país.