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São Tomé e Príncipe destacado como “exemplo a seguir” em sessão do Conselho de Segurança

Imagem do Conselho de Segurança
Foto: ONU/Manuel Elias
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São Tomé e Príncipe destacado como “exemplo a seguir” em sessão do Conselho de Segurança

Paz e segurança

Reunião serviu para apresentar conclusões de um relatório do secretário-geral sobre a África Central; representante especial para a região também mencionou “esforços sem descanso” para a paz feitos pelos são-tomenses.

São Tomé e Príncipe foi dado como um “exemplo a seguir” em África durante um encontro do Conselho de Segurança realizado esta quinta-feira em Nova Iorque.

A afirmação foi do chefe do Escritório Regional das Nações Unidas para a África Central, Unoca, François Louncény Fall, que apresentava o relatório bianual do secretário-geral sobre a região.

Chefe do Escritório Regional das Nações Unidas para a África Central, Unoca, François Louncény Fall, no Conselho de Segurança.
Chefe do Escritório Regional das Nações Unidas para a África Central, Unoca, François Louncény Fall, no Conselho de Segurança, by ONU

Eleições

Fall, que também é representante especial do secretário-geral para a África Central, lembrou que o país lusófono inaugurou a sua nova Assembleia Nacional a 22 de novembro e que o líder da oposição, Delfim Santiago das Neves, foi eleito presidente da instituição.

A 29 de novembro, o presidente do país, Evaristo Carvalho, nomeou Jorge Bom Jesus como novo primeiro-ministro. Dias depois, a 3 de dezembro, deu posse ao seu governo, composto por 12 ministros, incluindo três mulheres.

Elogio

O representante especial disse que tinha de “elogiar todas as partes interessadas em São Tomé e Príncipe pelo seu compromisso em resolver as suas diferenças através de mecanismos constitucionais”.

Segundo Fall, essa escolha permitiu “dissolver as tensões que surgiram no período que se seguiu às eleições legislativas de 7 de outubro.”

O responsável também “parabenizou o povo de São Tomé e Príncipe pelos seus esforços sem descanso para manter a paz e estabilidade.”

CAR

O representante também expressou preocupação com a crescente violência na República Centro-Africana, dizendo que representa um risco para a região.

Segundo Fall, "uma grande parte da população ainda está deslocada internamente e precisa de ajuda humanitária."

O responsável disse que continua a ser importante o envolvimento dos países vizinhos e que vai "continuar a mobilizar o apoio necessário para a iniciativa africana”, em coordenação com o representante especial para a República Centro-Africana, Perfect Onanga-Anyanga.

Boko Haram e LRA

Louncény Fall também fez um balanço sobre a aplicação da Estratégia Regional da ONU para Combater o Exército de Resistência do Senhor, LRA, na sigla em inglês.

O representante disse que a União Africana deve adotar uma abordagem abrangente e cautelosa na substituição da Iniciativa de Cooperação Regional para a Construção da Paz, para evitar criar um vácuo de segurança que pode ser explorado pelo grupo.

Para terminar, o chefe da Unoca mencionou ações do grupo terrorista Boko Haram, que ameaça a segurança e o desenvolvimento da região.

O representante especial informou que o grupo continua realizando ataques indiscriminados contra forças de segurança e contra civis. Para ele, é preciso que os países afetados desenvolvam estratégias que abordem as causas profundas desta insurgência.

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