ONU apela a universitários na China : “Não tomem este planeta como certo, é o único que temos”
Subida de um metro no nível do mar inundaria mais de 92 mil quilômetros quadrados da costa chinesa; subsecretária-geral da organização declarou que problema pode deslocar 67 milhões de pessoas.
A subsecretária-geral das Nações Unidas, Amina Mohammed, discursou esta quarta-feira sobre a mudança climática na Universidade de Tsinghua em Pequim, na China.
![Subsecretária-geral das Nações Unidas, Amina Mohammed, na Universidade de Tsinghua em Pequim, na China. Subsecretária-geral das Nações Unidas, Amina Mohammed, na Universidade de Tsinghua em Pequim, na China.](https://global.unitednations.entermediadb.net/assets/mediadb/services/module/asset/downloads/preset/assets/2018/11/21-11-2018-DSG-China-1.jpg/image560x340cropped.jpg)
Para a vice-chefe da ONU, este fenômeno é um desafio global que define o tempo atual. Ela enfatizou que o esforço contra as alterações do clima deve ser coletivo, e pediu que as pessoas “não tomem este planeta como garantido, porque é o único”.
Benefícios
Para Mohammed, resolver a questão da mudança climática é fazer um grande investimento no futuro em uma ação que beneficia a economia, a saúde pública e a paz mundial.
Quanto ao papel dos jovens no processo, Mohammed pediu soluções inovadoras para a ação climática em todos os níveis. O apelo ao grupo é que participe nesse esforço, defenda e lidere a ação climática global e práticas sustentáveis.
Amina Mohammed destacou que a boa notícia é que não se está começando do zero porque “todos os mecanismos necessários para combater as mudanças climáticas” já existem.
Aumento
Segundo a vice-chefe da ONU, a China não está livre dos impactos do fenômeno. Mohammed revelou que o aumento do nível do mar já está ameaçando o litoral do país em cidades como Xangai, Tianjin e Guangzhou.
Mohammed disse que se o nível do mar subir em um metro, mais de 92 mil quilômetros quadrados da costa chinesa poderiam ser inundados, podendo deslocar 67 milhões de pessoas.
![O sol se põe atrás da ponte em Sai Tso Wan, em Hong Kong. O sol se põe atrás da ponte em Sai Tso Wan, em Hong Kong.](https://global.unitednations.entermediadb.net/assets/mediadb/services/module/asset/downloads/preset/assets/2018/10/17-10-2018-WMO-sunshine-bridge.jpg/image560x340cropped.jpg)
Quase dois terços do gelo nas geleiras da Ásia podem desaparecer se as temperaturas globais médias subirem além de 1,5º Celsius até o final do século.
Impactos
Mohammed disse que se isso acontecer os impactos na China serão sentidos em várias áreas, desde a disponibilidade de água até a agricultura e a biodiversidade.
A subsecretária-geral enfatizou que deve haver urgência para resolver a questão da mudança climática, destacando que essa ambição carrega benefícios múltiplos.
Com as ferramentas em prol de uma nova realidade e o potencial de jovens para inovações, ela apelou que haja união para usar esses fatores como uma oportunidade para lutar por um futuro saudável, próspero e sustentável para todos.