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Unama saúda “marco” nas presidenciais afegãs, que vão a segunda volta

Eleições no Afeganistão. Foto: Unama

Unama saúda “marco” nas presidenciais afegãs, que vão a segunda volta

Missão da ONU pede aos concorrentes que desencorajem a fraude; a 14 de junho eleitores voltam às urnas para eleger o novo presidente entre os candidatos Abdullah Abdullah e Ashraf Ghani.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Missão das Nações Unidas no Afeganistão, Unama, saudou o anúncio, esta quinta-feira, dos resultados finais das eleições presidenciais no país.

Da votação de 5 de abril, o candidato Abdullah Abdullah obteve 45% dos votos, enquanto o seu principal adversário, Ashraf Ghani, conseguiu 31,6%. Ambos seguem para uma segunda volta por não terem chegado a atingir metade dos votos.  Os outros seis candidatos foram eliminados.

Leis

De acordo com a missão, o processo que conduziu às eleições foi marcado por melhorias em relação aos últimos pleitos. A Unama defende que, pela primeira vez, as eleições foram baseadas em leis aprovadas pela Assembleia Nacional e não por decreto presidencial.

Por outro lado, aplaude o facto de estas terem sido totalmente geridas por duas instituições eleitorais independentes afegãs, formadas com base num processo de consulta formal previsto na nova lei.

Segurança

A Unama saúda o que considera “marco democrático” ao povo afegão, aos candidatos e às instituições eleitorais e de segurança.

A segunda volta está prevista para 14 de junho. Após destacar que milhões de afegãos votaram com determinação, a missão diz esperar a participação com igual entusiasmo na próxima ronda.

Falhas

As comissões eleitorais foram encorajadas a continuar a melhorar o seu desempenho, com base nas lições aprendidas com as falhas da última votação.

Aos candidatos, a missão lembra da responsabilidade de apelar aos seus apoiantes que se abstenham de “retórica inflamada, intimidação e ameaças.”

Para tal, aconselhou-os a instruir aos seus apoiantes para não cometer fraude em seu nome no que os poderia desacreditar não somente a si mas próximo presidente e  Governo.

A Unama diz que  funcionários eleitorais ou do  governo que tenham cometido fraude eleitoral devem ser responsabilizados pelas suas ações e encaminhados para um processo criminal de acordo com a lei.

*Apresentação: Denise Costa.