Agências da ONU pedem ações de ajuda mais fortes para o Chade
No país, cerca de 4,9 milhões de pessoas precisam de apoio urgente, com a maioria em situação de insegurança alimentar; mais de 500 mil pessoas precisam de abrigo.
O coordenador da Assistência de Emergência da ONU, Mark Lowcock, e o administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, Achim Steiner, pediram este domingo mais esforços para ajudar o Chade.
Em nota, Lowcock e Steiner disseram que são necessárias intervenções humanitárias e de desenvolvimento mais fortes para combater a pobreza, os deslocamentos, a desnutrição e a falta de acesso a serviços sociais básicos.
Visita
No final da sua primeira visita conjunta no país, os dois responsáveis visitaram um centro nutricional no Hospital Amigo Chade-China, onde mais de 16 mil crianças com subnutrição são tratadas todos os anos.
Lowcock disse que ficou “profundamente tocado pela situação das mulheres e crianças “que conheceu.
O coordenador humanitário elogiou os esforços para lidar com a crise, mas afirmou que o maior desafio é evitar que as crianças cheguem nessa situação. Segundo ele, “a assistência humanitária pode salvar vidas, mas a solução é o desenvolvimento, o progresso econômico e melhores meios de subsistência.”
Encontros
Em N'Djamena, os dois funcionários da ONU também se reuniram com altos representantes do governo e parlamentares, e discutiram planos para o desenvolvimento nacional, a redução da pobreza, a situação regional e a recente conferência da Região do Lago Chade, em Berlim.
Steiner explicou que “os desafios que o país enfrenta têm raízes no défice de desenvolvimento e nas realidades climáticas que tornaram as condições de vida das comunidades atingidas pela crise ainda piores”. Para ele, há uma necessidade urgente de aumentar a resposta.
Crise
No país, cerca de 4,9 milhões de pessoas precisam de apoio urgente, com a maioria em situação de insegurança alimentar. Mais de 500 mil pessoas precisam de abrigo.
O plano de resposta humanitária para este ano requer US$ 544 milhões para atender às necessidades dos 2,1 milhões de pessoas mais vulneráveis do país. Até ao momento, apenas 35,6% do financiamento foi recebido.
Esta visita conclui uma viagem de três dias à Nigéria e ao Chade, durante a qual Lowcok e Steiner analisaram as formas pelas quais os agentes humanitários e de desenvolvimento podem apoiar melhor os esforços nacionais.