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OMS se prepara para novos casos de surto de ebola que já matou 44 na RD Congo

Vacinação em Mbandaka, na República Democrática do Congo, durante o último surto de ebola.
OMS/Lindsay Mackenzie
Vacinação em Mbandaka, na República Democrática do Congo, durante o último surto de ebola.

OMS se prepara para novos casos de surto de ebola que já matou 44 na RD Congo

Saúde

Agência diz não saber se foram identificados todos os focos de transmissão; vacinação já chegou à metade de pessoas que tiveram contato com pacientes e agentes de saúde.

Pelo menos 44 pessoas já morreram devido a um surto de ebola, na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo,  RD Congo.

Esta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou que ainda não há clareza sobre todas as redes de transmissão da epidemia declarada em 1º de agosto.  Trata-se do décimo surto no país africano, que já infectou 78 pessoas.

Urgência

Falando a jornalistas, em Genebra, o porta-voz da agência, Tarik Jasarevic, disse que a expectativa é que sejam identificados novos casos por causa das primeiras infecções que estão evoluindo para doença. Essa situação revela a urgência de ter acesso a essas árear e tomar medidas necessárias para lidar com os casos.

Duas unidades de tratamento operam nas cidades de Beni e de Manguina, o epicentro do surto.

As instalações de saúde da área são operadas por organizações não-governamentais parceiras da OMS. Em cinco locais foram vacinadas cerca de 500 pessoas que tiveram contato com pacientes e trabalhadores de saúde.

Grupos Armados

A segurança é um fator crítico para o pessoal humanitário nas chamadas zonas vermelhas, onde operam dezenas de grupos armados. A OMS treina assistentes de saúde e radialistas para divulgarem mensagens de prevenção.

O  diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, esteve esta semana no Kivu do Norte, onde declarou que havia condições que propiciam uma transmissão maior da febre hemorrágica de ebola.

O representante disse estar preocupado com “o surto muito perigoso”, apontando  que o conflito ativo era o maior desafio para atuar na área.