Estados-membros renovam compromisso na luta contra o terrorismo
Assembleia Geral aprova por unanimidade revisão da Estratégia Global Contraterrorismo; presidente do órgão disse que documento não é uma fórmula mágica e que cooperação internacional é crucial.
A Assembleia Geral aprovou esta terça-feira, por unanimidade, uma revisão da Estratégia Global Contraterrorismo.
Em discurso após a votação, o presidente da Assembleia Geral, Miroslav Lajcák, avisou que “não se pode subestimar esta ameaça”.
Cooperação
Lajcák afirmou que esta estratégia “é tão crucial como sempre, mas não é uma solução global ou um manual de regras, porque o terrorismo é muito complexo”.
Segundo ele, esse problema “não está ligado a um país, religião ou etnia, varia em diferentes períodos, locais e grupos terroristas”.
É por isso, explicou o responsável, que uma resposta única nunca iria funcionar. Para ele, “cada país e governo tem de responder ao terrorismo da sua própria forma”.
Apesar disso, Lajcák acredita que um país sozinho não tem todas as respostas e é por isso que a cooperação internacional é vital.

Ele diz que esta Estratégia Global, adotada em 2006, “permite definir objetivos comuns, prioridades e uma visão geral para o futuro”.
Nações Unidas
Lajcák também se referiu à ligação entre este tema e as Nações Unidas.
Segundo ele, o papel da organização nesta área “é complicado”. Ele lembrou que esta ameaça não existia quando a Carta das Nações Unidas foi assinada e que a organização teve de se adaptar rapidamente.
Ele lembrou o ataque de 11 de setembro, em Nova Iorque, dizendo que “foi a primeira vez que o mundo entendeu realmente a escala desta ameaça”.
Desde essa altura, explicou o responsável, a ONU “tem trabalhado para encontrar o equilíbrio certo e o seu papel”. Ele diz que este trabalho precisa continuar.
Ameaça
O presidente da Assembleia Geral terminou avisando que o mundo não pode subestimar esta ameaça.
Apesar das vitórias sobre o grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, serem bons sinais, ele lembra que “este é um tipo de guerra diferente”.
Segundo Lajcák, os terroristas “usam métodos que apenas podíamos imaginar nos nossos piores pesadelos, quebram todas as leis de humanidade e provam ser capazes de se adaptar a novos contextos e situações”.
Para responder a isso, ele acredita que é preciso “continuar atento, trabalhar em conjunto e partilhar capacidades e experiências”.
Lajcák terminou dizendo que a ONU precisa “enviar uma forte mensagem que não aceita, e nunca vai aceitar, o terrorismo internacional”.
Apresentação: Alexandre Soares