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Metade das crianças entre 2 e 17 anos já sofreu algum tipo de violência BR

Menina síria em um acampamento para refugiados nos arredores de Lesvos, na Grécia.
Foto Unicef: Gilbertson VII Photo
Menina síria em um acampamento para refugiados nos arredores de Lesvos, na Grécia.

Metade das crianças entre 2 e 17 anos já sofreu algum tipo de violência

Legislação e prevenção de crimes

Abusos foram físicos, sexuais ou emocionais, segundo Organização Mundial da Saúde; conferência global esta semana buscará soluções para acabar com a violência contra os menores de idade.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS, 1 bilhão de crianças entre 2 e 17 anos (ou uma a cada duas) sofreram no último ano algum tipo de violência: física, emocional ou sexual.

Nesta semana, líderes de todo o mundo estarão reunidos em Estocolmo, na Suécia, para buscar soluções em prol do fim de todas as formas de violência contra crianças.

Mortes

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Grebreyesus, participará do evento global Agenda 2030 para Crianças: Conferência por Soluções para o Fim da Violência.

A rainha Silvia da Suécia, 30 ministros e chefes de outras agências da ONU, como o Unicef, também estarão presentes no evento que ocorre nos dias 14 e 15 de abril.

A OMS destaca que a violência é a segunda causa de mortes de meninos entre 10 e 19 anos de idade. Em toda a vida, mais de 1 entre 5 crianças foram vítimas de abuso físico, enquanto a taxa de abuso emocional é de 1 entre 3 crianças.

Impactos

Aproximadamente 18% das meninas e 8% dos meninos sofreram abusos sexuais. A representante da OMS, Etienne Krug, explica que qualquer forma de violência tem impactos de longo prazo na saúde e no bem-estar das crianças.

Ela pede que esses índices não sejam tolerados. Segundo ela, as causas da violência “são conhecidas e podem ser prevenidas, só é preciso vontade para tal”.

A OMS sugere mais leis para banir condutas violêntas e acesso a álcool e armas de fogo; fim de regras que desculpam o abuso sexual de meninas ou comportamentos agressivos de meninos e garantir que as crianças tenham ambientes seguros para viver, fazendo por exemplo, intervenções em bairros que são violentos.