Minoria Rohingya está “aterrorizada” em Mianmar, diz relatora da ONU
Yanghee Lee alerta para a piora das condições de direitos humanos no país; ela citou relatos de pessoas sendo usadas como “escudo humano” pelas forças armadas.
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.
A relatora especial da ONU em Mianmar, Yanghee Lee, afirmou que a minoria islâmica Rohingya está “aterrorizada” com a piora da situação de direitos humanos no país.
Lee fez o alerta ao fim de sua visita em janeiro.
Escudo humano
A representante da ONU citou relatos de pessoas que estão sendo usadas como “escudo humano” pelas forças armadas de Mianmar.
Além do problema da minoria Rohingya, no Estado Rakhine, Yanghee Lee falou também sobre uma piora em dois outros estados: Kachin e Shan.
Ela disse que em janeiro verificou “pouca melhoria” na questão da violência. Segundo a relatora, atualmente, 120 mil pessoas de Rakhine ainda vivem em acampamentos, cinco anos depois de terem fugido de suas casas por causa de confrontos com a população da região.
Requerimento
Lee declarou que continua recebendo denúncias de violência contra os Rohingya e que essas pessoas estão sendo atacadas por radicais dentro de suas próprias comunidades depois de entrarem com o requerimento para se tornarem cidadãos.
A relatora especial da ONU pediu às autoridades que avancem com as reformas necessárias para o país. Ela disse que está “decepcionada” em ver práticas usadas por governos anteriores ainda sendo implementadas.
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