Conselho de Segurança saúda envio de força regional ao Sahel

G5 terá 5 mil homens para restaurar paz e segurança no Burquina Fasso, no Chade, no Mali, na Mauritânia e no Níger; órgão revela preocupação com “dimensão transnacional da ameaça terrorista” na região africana.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança saudou a implantação da força conjunta de cinco países do Sahel, o G5 Sahel, que pretende restaurar a paz e a segurança nos contribuintes Burquina Fasso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.
A decisão adotada esta quarta-feira prevê mais de 5 mil militares e polícias que devem integrar o contingente regional.
Civis
No documento, os 15 Estados-membros saúdam “o conceito estratégico de operações” que prevê que a força tenha ligação com as áreas humanitária, da proteção de civis, de género além da conduta e disciplina.
A outra recomendação é que o chefe da ONU informe ao Conselho sobre desafios encontrados no terreno e “possíveis medidas para uma maior consideração”.
Os membros do Conselho expressam preocupação com a “dimensão transnacional da ameaça terrorista na região do Sahel e os graves desafios do crime organizado transnacional que incluem o tráfico de armas, de drogas e de pessoas, incluindo os migrantes.”
Responsabilidade
A resolução destaca que os cinco países do G5 Sahel têm a responsabilidade de fornecer “recursos adequados para a força”.
O Conselho saudou a contribuição de € 50 milhões da União Europeia e encoraja o apoio adicional de parceiros bilaterais e multilaterais”.
O órgão encoraja o apoio de parceiros à força e a convocação rápida de uma conferência de planeamento para “garantir a coordenação da assistência dos doadores.”
Os 15 Estados-membros pedem ainda ao secretário-geral que dê informações sobre as formas de mitigar qualquer “impacto adverso das operações militares na população civil, incluindo em mulheres e crianças.”
Notícias relacionadas:
Enviado da ONU saúda iniciativa de força de reação rápida regional no Mali
ONU exorta políticos a priorizarem resolução da crise na Guiné-Bissau