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Desafios diferenciados para lidar com doenças em países lusófonos

Desafios diferenciados para lidar com doenças em países lusófonos

Angola, Guiné-Bissau e Moçambique destacados pela  chefe do Programa Especial para a Eliminação  das Doenças Tropicais Negligenciadas; entidade desenvolve projeto quinquenal com a OMS desde o ano passado.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O tamanho geográfico da Guiné-Bissau pode ajudar o país a eliminar várias doenças tropicais negligenciadas até 2020.

A declaração foi feita à ONU News pela chefe do Programa Especial para a Eliminação as chamadas DTNs.

Exigências

Em Genebra, Maria Polo Rebollo revelou em que sentido os níveis de exigência para lidar com as enfermidades em países africanos de língua portuguesa são diferenciados.

Segundo ela, a Guiné-Bissau está a ter muito melhor trabalho e como um país mais pequeno poderia conseguir a eliminação muito mais rápida do tipo de doenças.

A chefe da entidade, com a sigla Espen, falava após a Conferência sobre doenças tropicais negligenciadas que em abril juntou governos, cientistas e filantropos na cidade suíça. A situação angolana e o desafio de identificar as enfermidades esquecidas é um fator de atenção.

Tratamento em Angola

Maria Polo declarou que em Angola a cartografia da filaríase linfática (elefantíase) já começou mas ainda existem zonas do país onde se precisa mapear e compreender melhor a distribuição desta enfermidade. Em sua opinião, a nação lusófona deve acelerar o tratamento para começar eliminar estas enfermidades.

Na situação moçambicana, a situação da cegueira dos rios em zonas antes declaradas como livres das doenças merece maior apoio. Garantir o êxito da eliminação da doença é considarada uma tarefa urgente pela partilha de fronteiras com países como o Malaui onde a enfermidade está ativa.

Moçambique

A chefe do Espen contou que Moçambique segue uma trajetória “muito boa e importante” na luta contra a filaríase linfática ou elefantíase, e trata a população infantil contra a bilharziose e parasitas intestinais. A tarefa é manter a cobertura e assegurar que a monitoria e avaliação demonstrem que as metas são atingidas.

A entidade precisa de pelo menos US$ 10 milhões por ano para aplicar um projeto quinquenal iniciado em 2016 pelo Escritório da Organização Mundial da Saúde, OMS, em África.

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