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Angola faz mapeamento para identificar regiões com prevalência de DTNs

Foto: OMS/Dalia Lourenço

Angola faz mapeamento para identificar regiões com prevalência de DTNs

Chefe da seção de Doenças Tropicais Negligenciadas de Angola, Maria Cecília César de Almeida, disse que entre as principais DTNs do país estão: filaríase linfática, conhecida como elefantíase, e oncocercose, a cegueira dos rios.

Edgard Júnior, da ONU News em Genebra.

A chefe da seção de Doenças Tropicais Negligenciadas do Ministério de Saúde de Angola, Maria Cecília César de Almeida, disse que as autoridades estão a fazer o mapeamento das chamadas DTNs no país.

“Nós não conhecemos a prevalência de todas as províncias em relação às doenças tropicais negligenciadas. Temos 18 províncias e até o momento temos mapeadas 10. É um desafio. Para tratarmos precisamos de conhecer essas doenças. Então esse é um grande problema que estamos a enfrentar.”

Elefantíase

Ela afirmou que pelos dados iniciais recolhidos até o momento, três das 17 DTNs especificadas pela Organização Mundial da Saúde, OMS, foram detetadas em várias regiões.

Entre elas estão a filaríase linfática, popularmente conhecida como elefantíase; a oncocercose, também chamada de cegueira dos rios e a chistosomíade, que é uma infeção urinária comum em homens.

Ainda sobre Angola, o coordenador provincial para Doenças Tropicais Negligenciadas da ONG Iniciativa Mentor, Vasco Carvalho, falou à ONU News sobre o trabalho da organização no país.

“Começamos a partir de 2013 devagar, só começamos com desparasitações nomeadamente com albentazol (remédio para combater parasitas) e gradualmente fomos crescendo. Começamos com parasitações a nível escolar, até os 15 anos, em três províncias e fomos expandindo. Agora estamos em seis províncias e já fazemos campanha a nível comunitário, com voluntários comunitários.”

Metas

Ele falou ainda sobre a capacidade de Angola atingir as metas da OMS para eliminar ou erradicar essas doenças até 2020.

“Honestamente, eu acho que se o ritmo de crescimento do programa continuar a este nível, penso que Angola vai ser capaz de atingir esse objetivo ou pelo menos ficar muito perto de atingir. Acredito que eles têm toda a capacidade.”

Carvalho citou também a importância dos recursos para cobrir as operações e alcançar as metas da Organização Mundial da Saúde.

*Em parceria com o Escritório da OMS para África.

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