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Economias da Ásia propensas às incertezas e ao protecionismo comercial BR

Foto: OIT/Nguyen Viet Thanh

Economias da Ásia propensas às incertezas e ao protecionismo comercial

Relatório da ONU sugere melhorias na parte fiscal dos países da Ásia e do Pacífico; economias em desenvolvimento da região devem crescer em torno de 5% neste ano.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.

Apesar de uma perspectiva positiva para 2017, as economias da Ásia-Pacífico estão vulneráveis ao aumento das incertezas globais e ao protecionismo do comércio.

Essa é a principal conclusão de um relatório lançado esta segunda-feira pela Comissão Econômica e Social da ONU para Ásia e Pacífico, Escap. As economias da região devem ter crescimento de 5% este ano e de 5,1% em 2018.

Produção

A secretária-executiva do órgão da ONU declarou que “o crescimento econômico dos países da Ásia-Pacífico é estável, porém modesto, devido à fraca demanda externa e ao aumento do protecionismo comercial.

Shamshad Akhtar explica que o “crescimento econômico futuro vai depender dos ganhos na produtividade, que por sua vez, dependem de uma melhor governança nas esferas pública e privada”.

Ultrapassar tais desafios também é importante para que governos consigam mobilizar os recursos para a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.

Salários e empregos

Segundo o relatório da Escap, a expansão econômica na Ásia-Pacífico tem sido acompanhada pelo aumento das desigualdades de salários e a falta de empregos decentes.

O estudo também mostra que as economias da região utilizam o dobro de recursos por dólar do Produto Interno Bruto na comparação com o resto do mundo.

A Escap sugere aos países que invistam em melhorias nas políticas fiscais, por meio de investimentos produtivos nas áreas de infraestrutura, proteção social e eficiência de recursos.

A governança efetiva também deve ser prioridade, já que pode melhorar o setor de saúde da região, promover a diversificação econômica no norte e na Ásia central, criar empregos decentes no sul e sudeste asiáticos e reduzir as lacunas de desenvolvimento no sudeste do continente.

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