Líbia vai continuar ponto de partida da maioria de migrantes para a Itália

Instabilidade deve impulsionar movimento a partir da nação do norte de África; mais de 5,4 mil migrantes e refugiados já entraram na Europa este ano; pelo menos 227 pessoas perderam a vida na rota do Mediterrâneo central.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*
A Organização Internacional para Migrações, OIM, prevê um aumento de chegadas à Itália a partir do norte de África, especialmente da Líbia.
Um dos principais fatores da movimentação de pessoas será a atual instabilidade no país africano que foi o ponto de partida de grande parte dos 170 mil migrantes que deram à costa da Itália em 2016.
Turquia
Pelo menos 5.483 migrantes e refugiados entraram na Europa em 2017. O número de mortos na chamada rota do Mediterrâneo central foi de 227 pessoas.
A Grécia foi o segundo ponto de chegada dos migrantes que entraram ao continente europeu pelo território italiano. A maioria deles saiu da Turquia que vai continuar a ser um ponto de partida importante para refugiados e migrantes em busca de abrigo na Europa.
A agência destaca que pelo menos 4.690 pessoas morreram ou desapareceram enquanto tentavam entrar para a Europa em 2016. O número equivale a uma subida de 25% em relação ao ano anterior.
A OIM e o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, fazem parte do grupo de 74 parceiros humanitários que querem “coordenar esforços de resposta e reforçar ações para um acesso mais seguro e rápido ao asilo”.
Serviços
As outras metas incluem garantir que refugiados e migrantes sejam protegidos e recebam serviços adequados.
Pelo menos 394 mil pessoas em movimento devem beneficiar-se da nova estratégia, a ser financiada por um apelo de US$ 691 milhões.
*Apresentação: Denise Costa.
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