Dez coisas que você precisa saber sobre a crise na Síria
A OMS alcançou avanços importantes para ajudar os sírios durante o conflito que se aproxima dos seis anos; agência da ONU ajudou nas negociações para a retirada de pacientes de Alepo e disponibilizou clínicas móveis.
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.
A Organização Mundial da Saúde quer mostrar 10 pontos que todos devem saber sobre a crise na Síria.
A agência da ONU conseguiu avançar em várias operações de ajuda à população síria em 2016, indo desde a retirada de pacientes em condições críticas de Alepo até o fornecimento de clínicas móveis para atender a população comum.
1 Segundo a OMS, no ano passado mais de 10 milhões de tratamentos foram feitos ou realizados por todo o país. Mais de 1/3 dos remédios necessários para esses tratamentos foram entregues em áreas sitiadas, de difícil acesso ou controladas pela oposição.
2 Pessoas em estado grave de saúde foram retiradas com sucesso de áreas cercadas, incluindo o leste de Alepo, Foah e Mandaya. A agência teve um papel importante não só nas negociações, mas também no planejamento e na supervisão de todo o processo.
3 A OMS foi responsável pelo treinamento de mais de 16 mil trabalhadores de saúde. Quando a organização não era autorizada a entrar em uma região, os técnicos e médicos forneciam treinamento por telefone ou videoconferência.
Mais de 300 médicos e enfermeiros sírios foram treinados na Turquia para fornecer cuidados de saúde a refugiados sírios em acampamentos turcos.
4 A agência forneceu assistência a pessoas que sofrem de doenças crônicas, como diabetes, problemas renais e mentais. A OMS realizou mais de 11,5 mil sessões de hemodiálise somente no terceiro trimestre de 2016.
5 Milhões foram vacinados em campanhas por todo o país contra hepatite B, sarampo, rubéola e gripe. A OMS e o Unicef, o Fundo para a Infância, conseguiram vacinar juntos 2,6 milhões de crianças contra a pólio.
6 Já para este ano, a agência alerta que 13 milhões de sírios precisam de serviços médicos. Em 2016, 30 mil pessoas ficaram feridas todos os meses e necessitaram de atendimento trauma-ortopédico.
7 Ataques a instalações de saúde, clínicas e hospitais, ocorrem com uma frequência alarmante. Centenas de médicos, enfermeiros, pacientes e outras pessoas morreram nesses atentados.
8 A OMS alerta que as condições no país são propícias a surtos de doenças infecciosas. As pessoas em fuga acabam ficando em locais confinados e sem acesso à água e ao saneamento básico.
9 Além disso, a agência diz que o acesso a algumas regiões do país é muito difícil. Mais de 700 mil pessoas vivem em 15 regiões sitiadas e a entrega de suprimentos de emergência muitas vezes é proibida ou adiada.
10 Por fim, a OMS afirma que os recursos para cobrir as operações de ajuda estão no limite. A organização recebeu apenas 1/3 do dinheiro necessário para financiar as atividades de resposta humanitária planejadas para 2016. Para este ano, a OMS disse que vai precisar de US$ 164 milhões.