Zimbábue afirma que há um inquérito sobre desaparecimento de ativista
O também jornalista Itai Dzamara sumiu há um ano e meio; Conselho de Direitos Humanos pede que país respeite a Constituição e a proteção dos profissionais dos média; representante do governo fala sobre “casos isolados”.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
No Conselho de Direitos Humanos em Genebra, todos os Estados-membros precisam apresentar seus registos de direitos humanos, num processo chamado de Revisão Periódica Universal.
Esta quinta-feira foi a vez do Zimbábue ser avaliado sobre os esforços do país para combater a corrupção, retorno da pena de morte e alegadas violações aos direitos de liberdade de expressão antes das eleições de 2018.
Explicações
O governo também precisou se explicar sobre desaparecimentos forçados, em particular o caso do jornalista e ativista político Itai Dzamara. Ele desapareceu há um ano e meio.
A questão foi levantada pelo vice-representante da Nova Zelândia na ONU, Carl Reaich.
Inquérito
O diplomata pede ao Zimbábue para que cumpra com suas obrigações internacionais e respeite a Constituição, em especial no que diz respeito à proteção de jornalistas e de ativistas.
O vice-presidente do país, Emmerson Mnangagwa, participou da avaliação do Conselho de Direitos Humanos e disse que investigações sobre o jornalista desaparecido estão em andamento.
O vice-presidente disse que o governo está a trabalhar para saber o que aconteceu com o ativista. O governo do Zimbábue também estaria a trabalhar com a família de Itai Dzamara e com advogados de direitos humanos.
Sobre a questão da pena de morte, o vice-presidente afirmou que a nova lei será aplicada para homens entre 21 e 70 anos que forem condenados de cometer assassinatos.