Fecho do maior campo de refugiados do mundo leva Ban Ki-moon ao Quénia
Decisão foi anunciada após conversa entre o secretário-geral e o presidente queniano; Ban quer que retorno dos habitantes seja voluntário, seguro e digno; somalis são a maioria dos 328 mil residentes na área.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas vai visitar o Quénia no fim de maio, na sequência da decisão do país de fechar o acampamento de refugiados de Dadaab, o maior do mundo.
Ban Ki-moon vai fazer-se acompanhar do seu adjunto Jan Eliasson e do alto-comissário para refugiados, Filippo Grandi. Os somalis são a maioria dos cerca de 328 mil refugiados no local, situado no nordeste do país africano.
Diálogo
As Nações Unidas anunciaram a deslocação do secretário-geral após uma conversa telefónica que teve como presidente queniano Uhuru Kenyatta na quarta-feira. O foco do diálogo foi a decisão tomada a 6 de maio.
Ban expressou o seu "profundo agradecimento" ao líder queniano e aos cidadãos do país pelo que chamou "décadas de generosa hospitalidade para muitos candidatos a asilo e refugiados".
Segurança
O chefe da ONU destacou ainda a "tarefa e a responsabilidade envolvidas em dar abrigo a um grande número de refugiados", perante os desafios de segurança.
O pedido feito a Kenyatta é que o seu país continue a usar o Acordo Tripartido, que envolve o Governo da Somália e o Acnur. O entendimento de novembro de 2013 prevê que o regresso dos somalis seja voluntário seguro e digno.
Na visita de Ban Ki-moon também será abordada essa questão e "reiterada a disponibilidade de ONU de procurar apoio internacional" para ajudar o Quénia a fazer frente aos desafios das comunidades anfitriãs e às preocupações de segurança.
Leia e Oiça:
Acnur preocupado com fim de acolhimento de refugiados no Quénia