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Com festa na ONU, Angola celebra 40 anos de independência

Bandeira das Nações Unidas. Foto: ONU/John Isaac

Com festa na ONU, Angola celebra 40 anos de independência

Missão Permanente do país junto às Nações Unidas oferece receção a diplomatas e “amigos do povo angolano”; embaixador Ismael Martins destaca avanços conquistados por Angola desde o acontecimento.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Angola celebra os 40 anos de sua independência esta quarta-feira, 11 de novembro. O país de 26 milhões de habitantes é membro das Nações Unidas desde 1 de dezembro de 1976.

Até 2016, Angola cumpre o segundo mandato bienal como membro não-permanente do Conselho de Segurança. A primeira presença no órgão ocorreu entre 2002 e 2003.

Trajetória

A Missão Permanente do país junto às Nações Unidas comemora o marco com uma cerimónia na sede da organização, em Nova Iorque. Será oferecida uma receção aos diplomatas, altos funcionários da ONU e “amigos do povo angolano”, como destaca a nota oficial divulgada pela Missão de Angola.

O Ballet Angolano Njinga Mbandi fará uma apresentação e os convidados também assistirão a um vídeo sobre política, economia, sociedade e cultura angolanas.

O embaixador de Angola junto às Nações Unidas fará um discurso a destacar a trajetória do país até a independência e os benefícios alcançados desde então. Em entrevista à Rádio ONU, Ismael Martins falou sobre a importância do dia para o povo angolano.

Crescimento

“Por tudo o que foi consentido para se chegar à independência, e sobretudo, para se chegar depois de um processo tão doloroso. Que se pudesse chegar a uma relação com o resto do mundo que nos anima, que nos orgulha e é o fator principal que está a fazer de Angola o país que está a crescer, o país que vai continuar a crescer e que vai transformar todas as dificuldades em ganhos para o povo angolano e para o nosso continente.”

A independência angolana foi declarada após 14 anos de luta armada. O país ficou independente de Portugal a 11 de novembro de 1975, com o pronunciamento de quem se tornaria o primeiro presidente da nação: António Agostinho Neto.

Avanços

Num discurso oficial à nação esta quarta-feira, o atual presidente angolano afirmou que a independência teve o “suor e sacrifício do povo, por meio de uma luta difícil e corajosa”.

Sobre avanços conquistados nos últimos 40 anos, José Eduardo dos Santos mencionou a queda da taxa de analfabetismo de 95% para os atuais 35%, e o facto de que 60% da população tem agora acesso à água potável e à energia elétrica.