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Nações Unidas condenam ataques aéreos durante casamento no Iêmen BR

Prédio destruído no conflito iemenita. Foto: OCHA/P. Kropf

Nações Unidas condenam ataques aéreos durante casamento no Iêmen

Pelo menos 135 pessoas morreram na ação; secretário-geral da ONU volta a destacar que não existe solução militar para o conflito; nos últimos seis meses, total de mortos e de feridos ultrapassou 7,2 mil.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York. 

O secretário-geral da ONU condenou os ataques aéreos durante uma festa de casamento no vilarejo de Wahijah, próximo à cidade portuária de Mokha, no Iêmen.

Pelo menos 135 pessoas morreram na ação e ao enviar os pêsames aos familiares das vítimas, Ban Ki-moon destacou que “não existe solução militar para o conflito no Iêmen”.

Processo Político

Mas o chefe da ONU nota que a continuação da violência só trará mais sofrimento humano e destruição. Desde 2011, Ban tem engajado com líderes políticos do país e representantes da sociedade civil, promovendo um processo de transição política pacífico e inclusivo.

Os esforços foram intensificados após a operação militar lançada no dia 25 de março por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita. O enviado especial da ONU para o Iêmen, Ould Cheikh Ahmed, trabalha para tentar levar todos os lados em conflito para a mesa de negociação.

Mortos e Feridos

Nesta terça-feira, o Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos divulgou um balanço sobre as vítimas do conflito. Em seis meses, foram mais de 7,2 mil mortos e feridos.

O total de civis que perderam a vida chega a 2.355 e outros 4.862 foram feridos em meio à onda de violência. Segundo o escritório, essas pessoas foram vítimas de ataques aéreos ou de bombardeios contra áreas residenciais em 11 províncias do país.

O presidente do Iêmen, Abdu Rabbu Mansur Hadi, que estava exilado, será um dos líderes a discursar no segundo dia dos debates de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira.